Cidadãos do país asiático que trabalhavam em um kibutz no sul de Israel foram sequestrados no ataque terrorista de 7 de outubro

 


Foto: Canva

 


Um tailandês que foi sequestrado pelos terroristas do Hamas revela detalhes do que viveu durante os quase 50 dias em que ficou em cativeiros na Faixa de Gaza.

 


Anucha Angkaew, de 28 anos, disse, em entrevista à agência de notícias Reuters, que foi sequestrado com outros cinco tailandeses no ataque terrorista de 7 de outubro.

 


Na tentativa de serem soltos, os seis asiáticos gritaram “Tailândia” para avisar que não eram israelenses. Eles trabalhavam em um kibutz no sul de Israel.

 


Angkaew lembra que os terroristas não estavam diferenciando quem seria morto ou sequestrado. Cerca de 240 pessoas foram levadas à força para o outro lado da fronteira e outras 1.200 foram mortas durante a ação do Hamas.

 


Todos foram colocados em um caminhão para ser levados para a Faixa de Gaza. Quando o espaço ficou pequeno demais, os terroristas mataram dois tailandeses com um tiro na cabeça para dar lugar a israelenses.

 


“Nós pensamos que iríamos morrer”, disse Angkaew à Reuters ao contar o que aconteceu no dia do sequestro.

 


Os quatro tailandeses sobreviventes foram levados para uma casa, onde ficaram com um israelense de 18 anos. Ele recorda que o jovem apanhou muito dos terroristas, mesmo estando com as mãos amarradas para trás.

 


Depois de uns dias, todos foram levados para um pequeno cativeiro no subterrâneo de Gaza. As agressões contra o israelense não pararam, e ele ainda sofreu choques elétricos, conta o tailandês.

 


Depois de várias semanas, o grupo de tailandeses foi informado de que voltaria para casa. Eles caminharam por túneis do Hamas até se reunirem com mulheres israelenses que seriam soltas.

 


“Eu não pensei que seria solto. Foi como renascer”, diz Angkaew.

 


O tailandês perdeu mais de 15 kg no período que ficou em Gaza, isso porque era alimentado apenas com pão e água.