Foto: Agência Central de Notícias da Coreia do Norte/Divulgação

 

Pyongyang revelou a nova arma durante o desfile que marca o 75º aniversário da fundação do partido governante do país 

 

Texto: Redação/Record TV Japan

 

Japão e Coreia do Sul discutem quais medidas tomar após a exibição, em uma parada militar, no fim de semana, do que pode ser um novo míssil intercontinental da Coreia do Norte. 

 

“Continuaremos trabalhando em estreita colaboração com os Estados Unidos e com outros países para reunir e analisar informações sobre esse assunto e manter os esforços máximos de vigilância”, disse o secretário-chefe de gabinete, Katsunobu Kato, em uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (12).

 

O governo sul-coreano já tinha convocado uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional no domingo (11) para analisar a questão. Em uma nota divulgada à imprensa, as Forças Armadas do país expressaram preocupação com o novo armamento.

 

Tóquio e Seul declararam que reagirão a qualquer ameaça de Pyongyang. O míssil foi revelado durante o desfile que marca o 75º aniversário da fundação do partido governante da Coreia do Norte. Segundo especialistas, a arma poderia ser também uma versão avançada de um míssil balístico lançado por submarino.

 

© Agência Central de Notícias da Coreia do Norte/Divulgação

 

O líder norte-coreano Kim Jong Un prometeu, em dezembro passado, revelar uma “nova arma estratégica” em um futuro próximo, depois que as negociações de desnuclearização com os Estados Unidos pararam por causa de divergências. 

 

“Continuaremos trabalhando em estreita colaboração com os Estados Unidos e com outros países para reunir e analisar informações sobre esse assunto e manter os esforços máximos de vigilância”, disse o secretário-chefe de gabinete, Katsunobu Kato, em uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (12).

 

Em discurso antes do desfile de sábado (10), o líder supremo da Coreia do Norte, Kim Jong Un, disse esperar que Pyongyang e Seul se deem as mãos tão logo esteja superada a crise do coronavírus.

 

Segundo o Ministério da Unificação, em Seul, Kim estaria indicando a possibilidade de melhoria nas relações entre as duas Coreias. A pasta diz estar na expectativa de que a cooperação bilateral seja restabelecida, quando as circunstâncias forem favoráveis, nas áreas de ajuda humanitária e assistência médica.

 

Kim, em seu discurso à nação, descreveu os esforços contínuos do Norte para desenvolver uma arma nuclear como necessária para a defesa e disse que não tinha como alvo nenhum país específico. Mas “se alguma força prejudicar a segurança de nossa nação, mobilizaremos totalmente o poder da ofensiva mais forte de maneira preventiva para puni-los”, disse ele.

 

Japão também estuda formas de melhorar o sistema de defesa, frente às constantes ameaças dos vizinhos. “Estamos cientes de que alguns dos novos mísseis (da Coreia do Norte) podem ser difíceis de lidar com o uso de nossas ferramentas convencionais. Continuaremos a fortalecer nossa abrangente capacidade de defesa aérea e antimísseis para nos permitir lidar com ameaças cada vez mais diversas e complexas”, afirmou o secretário-chefe de gabinete japonês.

 

Com informações da NHK, AP e Kyodo News