Novo primeiro-ministro se comprometeu a proteger os empregos e manter as empresas em atividade

 

Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: Divulgação

 

Sem surpresas, a taxa de desemprego no Japão registrou um aumento em agosto. Foi o nível mais alto de pessoas desempregadas dos últimos três anos. Já a quantidade de vagas teve uma diminuição que não se via há seis anos. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 2, pelo governo japonês.

 

Segundo o levantamento, cerca de 2,06 milhões de pessoas perderam seus empregos em agosto, 490 mil a mais do que no mesmo mês do ano anterior. Isto representa o sétimo mês consecutivo de aumento do número de desempregados.

 

Para especialistas, os danos causados pela pandemia de Covid-19 devem persistir por mais um tempo. Por isso, o novo primeiro-ministro Yoshihide Suga se comprometeu a criar meios de proteger os empregos, manter as empresas em atividade e ajudar a economia a se recuperar do impacto das medidas tomadas para conter a disseminação do novo coronavírus.

 

O subsídio especial para empresas e autônomos oferecido pelo governo ajudou a controlar a taxa de desemprego, que no ajuste sazonal subiu para 3,0% no mês de agosto, a maior desde maio de 2017.

 

A piora no mercado de trabalho deve forçar o governo de Suga a investir em projetos de apoio à pequena e média empresa.

 

Segundo o Ministério do Trabalho, a proporção de empregos para candidatos caiu para 1,04, atingindo um nível visto pela última vez em janeiro de 2014.

 

Recessão

 

O Japão vive a pior recessão desde o pós-guerra. A economia do país afundou ainda mais no segundo trimestre, uma vez que o coronavírus afetou as empresas mais do que inicialmente calculado, destacando a enorme tarefa que o novo primeiro-ministro enfrentará.

 

A terceira maior economia do mundo encolheu 28,1% entre abril e junho em dado anualizado, mais do que a leitura preliminar de uma contração de 27,8%, segundodados revisados do Produto Interno Bruto divulgados no começo de setembro.

 

Até agora o governo adotou um pacote de medidas de estímulo de US$ 2 trilhões, somando-se a um programa de afrouxamento monetário pelo banco central.