Casos de invasão de casas pela varanda e abusos no trem mostram que qualquer pessoa pode se tornar vítima desse tipo de crime. Veja as dicas da Polícia de Tóquio para aumentar a segurança

 

 

 

 

Texto: Ana Paula Ramos/Record TV Japan
Foto: AdobeStock

 

 

 

O Japão é um país conhecido pela ocorrência de determinados crimes sexuais incomuns em outras nações, como os casos de furto de calcinhas do varal de residências ou indivíduos que acabam presos por fotografar por baixo da saia de mulheres em locais públicos.

 

Fatos que aparecem com frequência nos noticiários, mas parecem distantes do cotidiano, ainda mais para estrangeiras com vidas ocupadas, que passam longe de locais aglomerados como os trens. Na prática, o perigo as vezes está mais perto do que muitas pessoas imaginam.

 

A Record TV Japan ouviu histórias de brasileiras que já passaram por situações de medo, pavor e confusão, por causa das ações de tarados. Os casos mostram que um episódio marcante, que tenha acontecido uma única vez, é suficiente para gerar um trauma e um medo constante de acabar surpreendida por um estranho novamente.

 

A brasileira Maísa Hashimoto (nome fictício), de 34 anos, convive com esse sentimento de medo e insegurança há 6 anos. Em dezembro de 2015, quando morava com a mãe em um apartamento térreo, na cidade de Ichinomiya (província de Aichi), acabou surpreendida por um invasor em um momento em que estava sozinha.

 

“Minha mãe trabalhava de noite e eu de dia. Quando ela chegava no serviço, eu ia para a casa. Ela tinha plantas na varanda e sempre molhava antes de ir trabalhar e neste dia, ela deixou a janela aberta. Eu cheguei e estava no banho quando a minha cadelinha começou a latir sem parar”, contou.

 

 

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Maísa não pensou que alguém pudesse ter entrado em seu apartamento. Primeiro, ela achou que a cadela queria brincar e ficou esperando que trouxesse a bolinha na porta do banheiro. Até que foi surpreendida pelo vislumbre de um homem dentro de casa.

 

“Do lado de fora tinha a máquina de lavar, a porta era transparente e estava um pouco aberta. Eu vi o invasor colocando a mão na máquina. Eu comecei a gritar, ele se desesperou, jogou a calcinha no chão e fugiu. Eu fiquei com muito medo, saí do banheiro e vi a janela aberta. Comecei a gritar por socorro”, relembra.

 

Ela conversou com o chefe da fábrica pelo telefone, mas conta que foi orientada a não chamar a polícia porque “nada tinha acontecido”. Neste meio tempo, um vizinho acionou a polícia. Eles chegaram, conversaram por duas horas, mas não localizaram o invasor. A brasileira foi amparada pela irmã naquela noite.

 

“Eu fiquei aflita até me mudar de lá, tudo me assustava. Mesmo depois de me mudar, continuei com pesadelos e sustos. Tudo eu achava que era um invasor, não conseguia não sentir medo. Até hoje, se eu esquecer uma janela aberta já pego algo para me defender enquanto checo a casa”, revelou.

 

Ladrão de calcinhas

 

O invasor do apartamento de Maísa parecia estar interessado nas calcinhas usadas, um item …»   Continue lendo

 

 

 

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