Depois de apenas um ano no cargo, Yoshihide Suga enfrenta baixa popularidade e críticas sobre a forma como lidou com a pandemia

 

 

 

Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: ©Gabinete do Primeiro-Ministro

 

 

 

O primeiro-ministro Yoshihide Suga disse hoje (3) que não vai concorrer à liderança de seu partido, encerrando efetivamente seu mandato e abrindo caminho o próximo líder do país. A decisão chocou o Japão, pois ele está há apenas um ano no cargo. No entanto, vem sofrendo muitas críticas por causa da forma como lidou com a pandemia e a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, eventos com baixa popularidade. 

 

“Em um ano, desde que me tornei primeiro-ministro, coloquei todas as minhas forças para lidar com os vários problemas que o país enfrenta, com medidas anticoronavírus na linha de frente”, disse Suga a repórteres. Ele disse que percebeu que concorrer às eleições e lidar com a resposta ao vírus exigiria “uma energia enorme”. “Cheguei à conclusão de que não posso fazer as duas coisas. Tive de escolher uma delas”, acrescentou.

 

Suga assumiu o cargo no ano passado, ocupando o cargo que ficou vazio quando Shinzo Abe renunciou por motivos de saúde.

 

A eleição deve ser convocada até o final de outubro e realizada no mês seguinte. O partido governista, o LDP, espera permanecer no poder, mas deve perder algumas cadeiras como resultado da impopularidade de Suga. O índice de aprovação de seu governo despencou para o mínimo histórico de 31,8%, de acordo com uma pesquisa da agência de notícias Kyodo no mês passado.