Os pacientes com baixo risco de desenvolver sintomas graves de Covid-19 serão incentivados a buscar atendimento médico via online no inverno

 

 

Texto: Redação/Record TV Japan *
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Diante do aumento de casos de covid-19, autoridades sanitárias internacionais estão em alerta. O registro de novos casos da doença tem a ver com o surgimento de novas subvariantes da Ômicron, BQ.1 e XBB. Segundo os primeiros estudos, elas podem ser mais transmissíveis e resistentes às barreiras vacinais.

 

Em reunião com ministros, o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, enfatizou a necessidade de medidas “preventivas”, pedindo à Associação Médica do Japão e outras organizações que cooperem na distribuição de vacinas e melhorem o sistema de saúde.

 

Segundo o médico Werciley Júnior, coordenador da Infectologia da rede Santa, em Brasília, as crianças devem ser um foco de atenção importante. “Apesar da doença em crianças ser uma forma normalmente leve, a gente tem dois aspectos. O primeiro é que nelas, quando a forma é grave, há uma alta taxa de mortalidade. O outro é que as crianças são carreadoras do vírus para dentro de casa. Se elas estiverem imunizadas, vão diminuir muito sua capacidade de transmissão”, alertou.

 

Ainda segundo o médico infectologista, apesar de até o momento os casos no mundo serem leves, registros positivos preocupam especialmente entre os não vacinados. O especialista ressaltou que o grande medo da comunidade médica e de autoridades sanitárias é que essa variante sofra uma nova mutação e fuja totalmente da vacina causando doenças graves.

 

“A gente sabe que a taxa de vacinação mais ou menos estacionou com duas doses. As pessoas não estão fazendo a terceira dose que houve uma redução gigantesca”, observou, acrescentando que esse público pode desenvolver formas graves da doença.

 

Segundo o médico, a vacina tem dois pontos importantes. O primeiro deles é proteger as pessoas de modo que quem tiver a doença desenvolve a forma leve.

 

O outro ponto é que, com anticorpos trazidos pela vacina “mesmo que parcialmente funcionando”, o paciente infectado diminui a carga viral e não consegue transmitir o vírus para a mesma quantidade de pessoas que transmitia sem a imunização.

 

Além da vacinação, o infectologista recomendou que pessoas com comorbidades voltem a usar máscaras de proteção facial, evitem aglomerações e, em caso de suspeita, façam o teste para evitar contaminação de outras pessoas.

 

Japão

 

Os pacientes com baixo risco de desenvolver sintomas graves de Covid-19 serão incentivados a usar kits de teste de detecção do coronavírus em casa e buscar atendimento médico via online no inverno, informou o Ministério da Saúde do Japão, que está preocupado com a disseminação simultânea da Covid-19 e da gripe sazonal durante a estação fria. 

 

O governo estima que as infecções por coronavírus e da gripe atingirão um pico de 450.000 e 300.000 casos por dia, respectivamente, podendo totalizar 750.000 casos diários. 

 

A decisão busca reduzir a carga esperada sobre os hospitais, para que estes priorizem o atendimento a idosos em meio aos alertas de uma nova onda de vírus nos meses mais frio do ano. (com Karine Melo/Agência Brasil)

 

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