Em entrevista à Voz do Brasil, ela explica que pandemia aumentou casos

 

Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: ©Valter Campanato/Agência Brasil

 

 

O mês de setembro é marcado por ações de prevenção ao suicídio em todo o país, através da campanha Setembro Amarelo. De acordo com dados apresentados pela campanha, realizada desde 2014, pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), no Brasil são registrados cerca de 14 mil casos por ano, ou seja, uma média de 38 por dia.

 

Entre os jovens de 15 a 29 anos, é a quarta principal causa de mortes, atrás apenas de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal.

 

Em entrevista à Voz do Brasil, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, lembrou a importância das famílias prestarem atenção a sinais comportamentais, principalmente em crianças e jovens, que podem levar ao suicídio.

 

“A gente vem instigando a sociedade a observar os sinais. E, nesse ano, a gente vem querendo envolver a família, para que observe os sinais. Aqueles que estão em depressão querem acolhimento, precisam ser ouvidos. Não ignore sinais, principalmente de crianças e aqueles que estão na adolescência”, disse a ministra.

 

Segundo ela, a pandemia de covid-19 agravou a situação. “Infelizmente a pandemia nos trouxe um agravamento na saúde mental de todos os brasileiros e tem atingido crianças a partir de seis anos de idade. A faixa etária dos brasileiros que são afetados por tentativas de suicídio ou suicídio é de 11 a 19 anos. O perfil masculino prevalece. E a gente tem se preocupado muito com isso. A gente precisa falar sobre suicídio e automutilação”, afirmou.

 

Entre os sinais que devem chamar a atenção das pessoas, segundo Cristiane Britto, estão isolamento, mudanças na alimentação e no sono, automutilação, autodepreciação, interrupção de planos e abandono de estudo e emprego.

 

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