“O ano de votar a reforma tributária é este”

 “Não é possível que alguém ganhe dinheiro divulgando desinformação”

 “Aqueles que esperam que possamos fazer um gabinete do ódio ao contrário bateram na porta errada”

 

 

O ministro chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, abriu a temporada de 2023 do JR Entrevista na última quinta-feira (09/02). Em conversa com as equipes da Record TV e do R7.com, gravada na segunda-feira (6), Pimenta fez um balanço do primeiro mês à frente da pasta, falou sobre os desafios do governo na comunicação, as prioridades e os projetos que estão sendo executados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na comunicação, além da aproximação com a sociedade.

 

A entrevista foi conduzida pelo jornalista da Record TV Luiz Fara Monteiro. A íntegra foi transmitida pela Record News e está disponível no R7.com, nas redes sociais da Record Brasília e no Play Plus. O JR Entrevista é um produto no formato multiplataforma produzido pela equipe de jornalismo da Record Brasília.

 

No JR Entrevista, Pimenta destacou que a reforma tributária é prioridade do governo, mas defendeu uma discussão com estados e municípios, especialmente pela arrecadação de ICMS, antes que a proposta seja votada no Congresso Nacional. “Essa questão se tornou tão necessária que é o momento para andar. Estamos confiantes. O ano de votar a reforma tributária é este. O momento de fazer esse debate é este.”

O ministro também defendeu, ainda para este semestre, a regulamentação das redes sociais como forma de combater fake news. “Não é possível que alguém ganhe dinheiro divulgando desinformação e levando a sociedade a um enorme prejuízo. Devemos respeitar a liberdade de expressão, mas sem permitir que a desinformação sirva para que essas plataformas lucrem sem participação, controle ou monitoramento por parte do Estado. Vários países avançaram nesse caso. Não é possível que estejamos regrados por um conjunto de leis e não se tenha responsabilidade com o conteúdo. É preciso uma aproximação do ponto de vista da responsabilização. O mundo está fazendo isso, e o Brasil não pode se omitir de fazer esse debate. É importante a aprovação de uma legislação, ainda no primeiro semestre, que responda a essa lacuna”, detalhou Pimenta.

 

Uma das estratégias do governo no combate a fake news deve ser uma conversa semanal do presidente Lula com a população. O formato ainda está sendo estudado pelo Executivo. “O desafio é acompanhar o avanço tecnológico. Também tem a questão de o Brasil ser diverso e complexo. São realidades diferentes, e temos que pensar nessa pluralidade e diversidade. Temos um grande desafio pela frente”, afirmou o ministro. Paulo Pimenta negou que o governo irá focar a comunicação em ataques a adversários. “A comunicação não pode ser capturada pela ideologia política. Não pode ser uma disputa político-partidária e ideológica. Aqueles que esperam que possamos fazer um gabinete do ódio ao contrário bateram na porta errada”, resumiu.

Paulo Pimenta também abordou a importância da reeleição de Arthur Lira (PP) e Rodrigo Pacheco (PSD) para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, respectivamente, e o balanço do dia 8 de janeiro, quando extremistas atacaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, dentre outros assuntos.

 

 

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