Michel Nissenbaum estaria desde o dia 7 de outubro em um cativeiro na Faixa de Gaza, e a família aguarda sua libertação
Foto: Reprodução Redes Sociais
A família do brasileiro Michel Nissenbaum, de 59 anos, aguarda desde o dia 7 de outubro alguma notícia sobre o paradeiro e o estado de saúde dele.
As filhas e a mulher tentam entender o que aconteceu no dia em que os terroristas do Hamas invadiram o território israelense, massacraram 1.200 pessoas e sequestraram outras 240, incluindo Michel.
O Itamaraty confirmou o seu desaparecimento, e há expectativa de que ele deixe o cativeiro em que é mantido pelos terroristas em Gaza e retorne para casa.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva alimentou as esperanças da família ao dizer, nesta quinta-feira (30), que o brasileiro “pode ser liberado por esses dias”.
Michel nasceu na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, e se mudou para Israel ainda na adolescência. Ele é pai de duas filhas, avô de cinco crianças e aguardava o nascimento do sexto neto.
Familiares e amigos descrevem Michel como uma pessoa divertida, bem-humorada e que adora viajar.
Ele trabalhava no setor de tecnologia, mas também era motorista de ambulância voluntário na organização United Hatzalah.
Recentemente, concluiu um curso de guia de turismo e estava empolgado com a perspectiva de realizar seu sonho de trabalhar na área. Ele fala três línguas e já acompanhava grupos de turistas em alguns passeios por Israel.
A filha Hen Machluf contou, em entrevista ao portal israelense Mynet Beersheva, a aflição com que vive desde o sequestro do pai. A principal pista de que ele está com os terroristas é a informação do aplicativo de localização do tablet de Michel, que mostra que ele cruzou a fronteira e está na Faixa de Gaza.
“Os terroristas invadiram casas e roubaram tudo o que podiam carregar. Como podemos descartar a possibilidade de que levaram o tablet dele para Gaza? Parece que estão zombando de nós”, relata a filha à imprensa israelense. “Ainda estou presa àquela sexta-feira escura em que meu pai desapareceu, e ninguém sabe para onde.”
A família entregou amostras de DNA e imagens dentárias para ajudar no processo de localização e de identificação, mas ainda não teve um retorno das autoridades.