Embarcações do Estado judaico estão navegando com o sistema de identificação desligado, para evitar ataques

 

Foto: Divulgação NASA

 

Os rebeldes houthis iemenitas, apoiados pelo Irã, anunciaram nesta terça-feira (14) que planejam operações para atacar Israel, mais concretamente os navios do Estado judeu que passam para o mar Vermelho através do estreito de Bab-el-Mandeb e navegam em águas adjacentes às do Iêmen.

 

 

“Planejamos operações adicionais para atingir alvos sionistas na Palestina ou em qualquer outro lugar e não hesitaremos em fazê-lo no mar Vermelho, particularmente em Bab-el-Mandeb e suas águas adjacentes às águas territoriais do Iêmen”, disse o líder do movimento houthi, Abdul-Malik al-Houthi, em um discurso televisionado.

 

 

Em sua fala, o líder do grupo xiita disse que “o inimigo israelense depende de evasão e disfarce ao se mover no mar Vermelho, especialmente em Bab-el-Mandeb, onde não se atreveu a hastear a bandeira israelense em seus navios”.

 

 

Nesse sentido, Abdul-Malik al-Houthi observou que os navios de Israel desativam seu sistema de identificação para evitar a detecção, embora tenha dito que eles não conseguirão passar despercebidos, pois os houthis examinarão e verificarão os navios.

 

 

“Não hesitaremos em atacá-los. Nossos olhos estão abertos, constantemente observando e procurando por qualquer navio israelense”, insistiu.

 

 

Durante o discurso, o líder houthi também pediu aos países que compartilham uma fronteira com a Palestina e o Iêmen para que abrissem uma passagem para que os combatentes iemenitas — referindo-se às milícias houthis — a atravessem com o objetivo de enfrentar o Exército israelense.

 

 

“Pedimos aos países que nos separam geograficamente da Palestina, nem que seja para testar nossa credibilidade, que abram uma passagem terrestre apenas para que nosso povo possa chegar à Palestina, e centenas de milhares de combatentes heroicos se deslocariam”, enfatizou.

 

 

A fala do líder houthi ocorre no mesmo dia em que o
Exército israelense anunciou a tomada da sede do governo do Hamas na Faixa de Gaza e quando a ofensiva de Israel no enclave palestino passou a totalizar mais de 11,18 mil mortos, 28,2 mil feridos e 3.000 desaparecidos, de acordo com dados do Ministério da Saúde local.

 

 

Início da guerra

 

 

Desde o início da guerra, em 7 de outubro, os houthis expressaram sua rejeição e condenação às represálias israelenses, as quais definiram como um “genocídio”, e prometeram que “não ficarão de braços cruzados”.

 

 


No fim do mês passado, os houthis iniciaram uma série de ataques com mísseis e drones contra o Estado judeu, que foram interceptados pelo Exército israelense. Este instalou lançadores de mísseis no mar Vermelho, abrindo uma frente adicional para os conflitos que vêm ocorrendo há mais de um mês com o grupo xiita Hezbollah no Líbano e com as milícias palestinas na Faixa de Gaza.

 

 


O ataque mais recente ocorreu na última quinta-feira (9), quando os rebeldes houthis reivindicaram um ataque múltiplo com mísseis balísticos em vários pontos da cidade de Eilat, no sul de Israel, logo depois que o Exército israelense disse ter interceptado um míssil terra-terra na área do mar Vermelho.

 

 

 

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