Menino tem hipertricose, que consiste no crescimento aumentado de pelos em qualquer área do corpo

 


Foto: Reprodução Instagram @babyjoao_miguel1311

 

 

O pequeno João Miguel, de 10 meses, viralizou no TikTok por um fator curioso: o excesso de pelos, uma condição rara que chamou a atenção de internautas — que disseram que o bebê tinha a aparência de um adulto. Isso fez com que seu perfil na rede social atingisse a marca de mais de 117,1 mil seguidores, rendendo até mesmo repercussão na imprensa internacional, no tabloide britânico Daily Star.

 

 

A condição é chamada de hipertricose e consiste no crescimento aumentado de pelos em qualquer área do corpo, explica a tricologista Viviane Coutinho.

 

 

“Não se sabe exatamente a causa, mas considera-se que possa ser desencadeada por uma mutação genética ou hereditária. Algumas variedades de hipertricose, como a hipertricose congênita, resultam de mutações genéticas com impacto no desenvolvimento dos pelos.”

 

 

O pediatra Nelson Ejzenbaum, membro da Academia Americana de Pediatria, afirma que a hipertricose genética pode aparecer já no nascimento da criança.

 

 

Já o quadro não hereditário pode ocorrer em qualquer período da vida, por razões hormonais, como ovários policísticos; na fase de crescimento; na adolescência; e até devido a tumores.

 

 

@babyjoaomiguel07

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Entre os fatores que podem agravar a hipertricose, Viviane elenca os níveis altos de testosterona e o hipotireoidismo, além da má nutrição e do uso de alguns medicamentos.

 

 

“A gravidade da hipertricose pode alterar-se com o passar do tempo e o envelhecimento, mas, em geral, não costuma apresentar melhorias por si só. A persistência ou a melhora da hipertricose estão condicionadas às causas subjacentes da condição”, alega a tricologista.

 

 

O diagnóstico da hipertricose é feito de forma clínica, podendo incluir exames de sangue. O tratamento varia conforme a causa e pode incluir terapias hormonais e métodos de depilação, como o laser.

 

 

É importante manter o acompanhamento, de modo a avaliar o quadro e fazer os ajustes necessários.

 

 

Os profissionais ressaltam que a condição pode gerar prejuízos, principalmente psicossociais, afetando a autoestima e a saúde mental de quem tem hipertricose.

 

 

Além disso, pode haver uma maior sensibilização da pele e risco de infecções, a depender do método utilizado para a depilação.

 

 

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