Educador físico achou que exaustão era decorrência da rotina intensa de trabalho

 


Foto: Reprodução Instagram @lee_troutman

 

O cansaço pode ser um sintoma comum entre educadores físicos e pessoas que praticam exercícios frequentemente. Porém, para o jovem norte-americano Lee Troutman, de 22 anos, que apresentava esse tipo de rotina, foi o esgotamento que denunciou um problema muito maior: um câncer.

 


Aos 20 anos, Troutman treinava 12 horas por dia, além dos alunos para quem dava aula. Em 2021, ao buscar um médico sem conseguir andar, falar nem comer, e tendo perdido metade do peso corporal, foi diagnosticado com mononucleose.

 


Em mais uma rodada de exames, os médicos descobriram LHH (linfo-histiocitose hemofagocítica), tipo de reação do sistema imunológico que pode causar o desligamento dos órgãos, assim como um LNH (linfoma não Hodgkin), tipo de câncer que também afeta a rede de imunidade do corpo.

 


No entanto, o quadro de Troutman era grave e havia se espalhado por cérebro, coluna, fígado, costelas e quadris.

 

 

Hoje, Troutman se encontra em remissão do câncer e faz exames e consultas regulares. “Se tem alguém passando por algo parecido, fique forte, continue lutando e não desista. Se os médicos desistiram, procure um novo médico.”

 


“Minha mãe e eu encontramos um médico que concordou em aceitar meu caso — ele me deu esperança com 5% de chance de sobrevivência”, disse ele ao tabloide britânico Daily Mail. “Ele disse que se eu sobrevivesse ao linfoma e aos tratamentos agressivos contra o câncer, precisaria de um transplante de medula óssea. E depois disso, eu teria 70% de chance de sobreviver.”

 


Prestes a realizar um transplante de medula óssea, Troutman teve dois colapsos pulmonares, sendo colocado sob ventilação mecânica e alimentado por uma sonda gástrica. Após a retirada da ventilação, o jovem teve de passar por meses de reabilitação para recuperação do peso, enquanto fazia quimioterapia, de modo que conseguisse ficar forte o suficiente para passar pela cirurgia.

 


Ele estima ter passado por pelo menos 50 transfusões de plaquetas durante esse período.

 

Em maio de 2022, Troutman finalmente conseguiu passar pelo transplante de medula. Após o procedimento, o jovem passou por mais 200 dias de quarentena e tomou cerca de 63 tipos de medicações diárias para que não houvesse rejeição.