Jennifer Barlow, de 33 anos, confundiu uma torção no joelho com uma infecção bacteriana grave e passou por mais de 30 cirurgias

 

 


Foto: Reprodução Instagram @jenniferbarlow

 

Em janeiro deste ano, a modelo e veterana do Exército dos EUA Jennifer Barlow, de 33 anos, achava que tinha apenas torcido o joelho durante suas férias nas Bahamas.

 


“Estava tão inchado — pelo menos três vezes o tamanho do meu joelho esquerdo. Foi realmente assustador”, disse Barlow, ao programa americano Today. “A dor era muito forte.”

 


No pronto-socorro, os médicos a diagnosticaram com uma simples torção e prescreveram muletas e medicamentos para dor. Seu quadro, porém, era muito mais grave: ela tinha sido infectada por uma bactéria carnívora e teve que amputar a perna para sobreviver.

 

 

Em março, a veterana desmaiou e teve a sorte de ser encontrada por seu irmão, que chamou a emergência. Ela entrou em choque séptico e apresentou sinais de insuficiência renal e hepática, com necessidade de um ventilador para respirar e medicação para se estabilizar.

 

 

“Fiquei muito preocupado, achei que ela não ia sobreviver,” disse Jonathan Pollock, médico que atendeu Barlow no Joseph Maxwell Cleland Atlanta Veterans Affairs Medical Center. “Sua vida estava em perigo.”

 

 

A infecção bacteriana contraída pela veterana resulta em fasciíte necrosante, uma “doença devoradora de carne”, geralmente causada por estreptococo do grupo A.

 

 

Os danos poderiam ter sido evitados se ela tivesse descoberto o problema logo no começo. O diagnóstico, no entanto, pode ser difícil nos estágios iniciais, e a infecção, grave, pode levar à sepse, a choque e insuficiência de órgãos.

 

 

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, um de cada cinco pacientes com fasciíte necrosante morre.

 

Mais de 30 cirurgias

 


Barlow foi colocada em coma induzido por dez dias, passou por 12 cirurgias para remover tecidos mortos e acordou “confusa e assustada”. “Nunca havia ouvido falar de sepse”, disse Barlow. “E nunca tinha ouvido falar de bactérias devoradoras de carne.”

 

Os médicos não determinaram exatamente quando nem como ela teria contraído a bactéria, mas trataram a infecção com antibióticos e removeram tecido morto de sua perna.

 


Estável, ela foi transferida para o Grady Memorial Hospital para cuidados especializados, mas, em março, teve a perna amputada, apesar dos melhores esforços médicos. Barlow estima ter passado por mais de 30 cirurgias.

 


Ao voltar para casa, em maio, está agora reaprendendo a viver sem uma perna. Ela fez uma vaquinha online para cobrir os gastos médicos e com sua reabilitação arrecadou cerca de US$ 39 mil (cerca de R$ 190 mil, pela cotação do dia), mais da metade de sua meta.

 

 

“Isso a ajudará a se reerguer… (ou melhor, a se reerguer com o pé que lhe resta), tanto fisicamente quanto emocionalmente, após essa devastadora perda”, diz a página da vaquinha.

 


Atualmente usando cadeira de rodas e andador, ela espera encontrar especialistas no Walter Reed National Military Medical Center, em Maryland, para obter uma prótese.

 

 

 

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