Washington reforçou que não viu Pequim dar ‘ajuda letal’ a Moscou durante a guerra, mas não descarta futura aproximação
Do R7
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O Pentágono advertiu nesta quarta-feira (22) que haverá “consequências” para a China caso o país asiático aprofunde ainda mais as relações com a Rússia, após o presidente russo, Vladimir Putin, ter se encontrado com o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, em Moscou no dia anterior.
A porta-voz adjunta do Departamento de Defesa dos EUA, Sabrina Singh, disse em entrevista coletiva que até agora não viram Pequim prestar “ajuda letal à Rússia” para a guerra na Ucrânia, mas também não é algo que tenham “tirado de cima da mesa”.
Singh ressaltou que a China corre o risco de cometer um erro de cálculo se continuar apoiando a Rússia.
“Esta é uma guerra que a Rússia lançou contra a Ucrânia. Estamos chegando ao primeiro aniversário no final desta semana e seria certamente um erro de cálculo para a China prestar ajuda letal à Rússia”, sublinhou.
O dia 24 de fevereiro marca o aniversário de um ano do início da invasão russa contra a Ucrânia, país que os EUA e aliados ocidentais apoiam com bilhões de dólares em ajuda militar.
Durante o encontro com Wang na terça-feira, Putin destacou que “a cooperação na arena internacional entre a República Popular da China e a Federação Russa é de grande importância para a estabilidade da situação internacional”.
A China lançou uma proposta de paz para dar fim ao conflito na Ucrânia, que, segundo relatos da imprensa, incluiria a defesa da integridade territorial, um apelo à cessação das hostilidades e a proteção das instalações nucleares na Ucrânia, e a oposição à utilização de armas químicas.
As primeiras reações de alguns diplomatas ocidentais à proposta de Pequim foram negativas porque esta não inclui a retirada das tropas russas do território ucraniano, o que consideram um pré-requisito para o início de um processo de paz.
Até agora, a China tem defendido a integridade territorial da Ucrânia, mas não condenou a operação militar russa.
“Os interlocutores chineses compartilharam conosco suas reflexões sobre as causas profundas da crise ucraniana, assim como suas propostas para uma solução política”, mas “não se abordou nenhum ‘plano’ [de paz] separado”, disse a Chancelaria da Rússia, em um comunicado.