Vigília vai ocorrer em frente ao prédio onde funcionava boate

 

Texto: Gabriel Brum/Rádio Nacional 
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

 

 

As homenagens às vítimas do incêndio da Boate Kiss, que completa 10 anos no dia 27, começaram com uma colagem de frases nas proximidades da boate. Membros da associação de familiares de vítimas e do coletivo Kiss: Que Não se Repita conversaram com moradores da cidade de Santa Maria (RS) na Praça Saldanha Marinho, que fica a uma quadra da Boate Kiss, e farão uma vigília em frente ao prédio onde funcionava a boate.

 

No dia em que a tragédia completa dez anos, nesta sexta-feira, vários bares e casas noturnas da cidade gaúcha decidiram ficar com as portas fechadas ou sem música ao vivo em respeito à data.

 

Paulo Carvalho, de 72 anos é pai de Rafael, uma das vítimas no incêndio na Kiss. Ele diz que o filho tinha ido a Santa Maria para visitar uns amigos. Então começou a receber ligações e ver notícias sobre o incêndio, mas não conseguia falar com Rafael. Ele recebeu a notícia da morte do filho quando já estava entrando no aeroporto.

 

“Relembrar essa história ao completar 10 anos é uma maneira de evitar que uma tragédia assim volte a ocorrer”, disse Paulo. 

 

Mas há quem pense o contrário, que o melhor é que o assunto seja superado. “Isso é querer silenciamento”, reclama a psicóloga Ariadna de Andrade.

 

O incêndio na Boate Kiss resultou na morte de 242 jovens no dia 27 de janeiro de 2013 em Santa Maria. O caso continua sem que ninguém tenha sido responsabilizado. Após anulação do júri, que havia condenado 4 pessoas, ainda não há uma data para novo julgamento.

 

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