Navio considerado ‘inafundável’ foi parar no fundo do mar após bater um iceberg e ficar com um rasgo de 100 metros no casco
Letícia Sepúlveda, do R7
Foto: AdobeStock
O naufrágio do famoso navio Titanic completa 110 anos nesta quinta-feira (14). O navio considerado “inafundável” pelos engenheiros da época foi objeto de muitos estudos pelo mundo, assunto de vários documentários e inspiração para o filme de James Cameron, vencedor do Oscar de 1998. O R7 separou sete curiosidades sobre o naufrágio da embarcação.
O Titanic foi construído em 1909 para ser o navio mais seguro de sua época. Além disso, havia um grande interesse da companhia britânica White Star Line de vencer o prêmio “Fita Azul” que contemplava o navio de passageiros que fizesse em menor tempo o trajeto entre a Europa e os Estanos Unidos.
Em 10 de abril de 1912, o Titanic partiu do porto de Southampton, na Inglaterra, com destino a Nova York, nos Estados Unidos, levando cerca de 2.200 passageiros.
O professor Luiz Felipe Assis, do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, explica que havia uma grande disputa entre as companhias marítimas da época, e de nações como Inglaterra e Alemanha, para projeta uma embarcação que fosse referência para a engenharia em uma época em que os primeiros aviões tinham feito apenas voos teste e de curtas distâncias.
“Naquele momento, os navios de passageiros representavam a maior obra de engenharia da humanidade”, conta o engenheiro.
2 – A viagem
Em meio ao grande fluxo imigratório entre a Europa e os Estados Unidos no início do século 20, as pessoas se interessavam em viajar em um navio rápido e grandioso, o que atribuía um aspecto comerciável e social à embarcação moderna.
“Era a viagem de uma vida, em que as pessoas não tinham passagem de volta e queriam que a travessia fosse memorável”, ressalta Assis.
Os aposentos dos passageiros a bordo eram divididos em três classes: a primeira, com representantes da alta sociedade, a segunda, composta por passageiros em emergência econômica, e a terceira em sua maioria levava imigrantes e trabalhadores.
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Para conseguir concretizar o objetivo de conquistar a “Fita Azul”, o navio deveria chegar aos Estados Unidos em uma velocidade recorde, portanto no menor tempo possível. Segundo o professor da UFRJ, esse aspecto foi um dos principais para o naufrágio da embarcação.
As autoridades da época ligadas à companhia britânica White Star Line não autorizaram o comandante Edward Smith a diminuir a velocidade quando receberam a notícia de que um grande iceberg estava próximo.
“Um navio em alta velocidade enfrenta grande dificuldade para conseguir desviar de um obstáculo. Quando viram o iceberg era tarde demais”, explica Assis.
A colisão provocou um rasgo de mais de 100 metros no casco da estrutura, que demorou menos de 3 horas para afundar completamente.