Após divulgação do relatório, 14 países membros emitiram um comunicado em que expressam preocupação de que o estudo não tenha sido feito adequadamente por causa da falta de colaboração dos chineses

 

 

Texto: Redação/Record TV Japan
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A equipe de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) que visitou a China recentemente para colher dados disse que, embora a origem seja inconclusiva, é “extremamente improvável” que o SARS-CoV-2 tenha vazado de um laboratório.

 

O relatório final foi escrito em conjunto com cientistas chineses. A equipe da OMS ficou 28 dias em Wuhan, epicentro da pandemia.

 

Segundo divulgou a NHK, o relatório afirma que é “muito provável” que o vírus se espalhe para humanos a partir de morcegos por meio de hospedeiros intermediários, como pangolins ou coelhos. Entretanto, vazar de um laboratório que possui controles de segurança adequados seria muito “improvável”.

 

“Este é um trabalho ainda em andamento e estudos adicionais devem ser conduzidos em breve”, disse o líder da equipe, Peter Bem Embarek. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, sugeriu em um briefing aos Estados membros que a cooperação da China era inadequada. “Espero que futuros estudos colaborativos incluam um compartilhamento de dados mais oportuno e abrangente”, disse, ao lembrar da dificuldade da equipe em acessar dados brutos.

 

Governos de 14 países, Japão, Estados Unidos, Grã-Bretanha e Coréia do Sul, emitiram um comunicado em conjunto expressando “preocupações” sobre o relatório. “Juntos, apoiamos uma análise e avaliação transparente e independente, livre de interferência e influência indevida, das origens da pandemia COVID-19”, diz o comunicado.

 

O texto ainda sugere que é preciso que os países membros renovem o compromisso com a OMS, principalmente em questões de acesso, transparência e comunicação. “É preciso que haja uma avaliação rápida, independente, conduzida por especialistas e desimpedida das origens para prevenir futuras pandemias”, diz o comunicado.