Cartunista brasileiro, que começou a carreira como repórter policial, terá a sua vida e trajetória profissional contada em filme

 

Texto: Victor Ribeiro/Agência Brasil
Foto: Mauricio de Sousa completou, no dia 27 de outubro, 85 anos / Antonio Cruz/ABR

 

Mauricio de Sousa completou 85 anos neste dia 27 de outrubro. Ao longo da vida, teve dez filhos que inspiraram uma turminha que, há mais de 60 anos, vive no Bairro do Limoeiro. Mas todo brasileiro que gosta de histórias em quadrinhos se sente um pouco filho dele também.

 

O Mauricio de Sousa admite que também se sente um pouco pai de milhões de nós. “Se eu não me sentisse estaria falhando com alguma coisa quando uma pessoa fala comigo, liga pra mim, manda recado ou e-mail; eles me tratam realmente como paizão e adoro tudo isso”, diz o cartunista. “Mas o que eu adoro mais ainda, é como uma medalha no meu peito, é quando a maioria deles fala que aprendeu a ler com a Turma da Monica”, conta com orgulho.

 

E não tem ciúme, não. A Magali da vida real é bem parecida com a dos quadrinhos: além de amar comer, é amiga de todos. E gosta dessa história de ser um pouco irmã de todo mundo. “(Os leitores) Se sentem completamente filhos, até mais do que a gente”, diz Magali. “Eu não sei como ele (o Mauricio) dá conta. É muito carinho que ele recebe e isso o deixa o homem mais feliz do mundo.”

Brasília – O cartunista Maurício de Sousa fala sobre a parceria com o MEC para a realização do programa: Um por Todos e Todos por um! Pela Ética e Cidadania (Valter Campanato/Agência Brasil)

Antes de fazer gibis, Mauricio de Sousa trabalhou como repórter policial. Ele conta que foi naquela época que, ao se ver obrigado a enxugar o texto, desenvolveu a arte dos quadrinhos. “Eu lia muito, um livro por dia, e consequentemente fui influenciado por diversos autores. Daí quando eu cheguei na redação e comecei a escrever meus textos com aquele estilo, o chefe de redação me chamava e dizia para enxugar o texto porque não era a forma ideal para se comunicar. Enxugava, enxugava e enxugava e assim aprendi a escrever uma linguagem ideal para caber num balão de história em quadrinhos.”

 

Quem acompanha a Turma da Mônica sabe que, em meio a planos infalíveis e brincadeiras, a diversidade dos personagens é importante.

 

Cada pequeno leitor se identifica com pelo menos um personagem. E identifica os coleguinhas também nas histórias. Esses valores de respeito, tolerância e amizade são os que Mauricio considera seu grande legado. “Pretendo construir uma ponte firme, forte e indestrutível para deixar como legado, como referência para o futuro, o que nós fazemos, para que outras pessoas também tenham esses cuidados com comunicação.”

 

Não é à toa que Mauricio de Sousa provoca, sem qualquer exagero, filas quilométricas em sessões de autógrafo e já recebeu inúmeras homenagens, inclusive na passarela do samba. Um filme baseado na autobiografia “Mauricio – A História que Não Está no Gibi” está em fase de produção e a expectativa é que, em breve, a vida do pai da Turma da Mônica ganhe as telonas.

 

 

 

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