Vítima diz que direitos humanos foi violado e quer indenização da prefeitura da cidade de Anjo

 

 

Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: ©Anjo/Facebook

 

 

A brasileira que foi destratada e recebeu informações falsas na prefeitura de Anjo (Aichi) quer agora entrar com um processo de violação dos direitos humanos. A vítima diz que o funcionário teria dito que os estrangeiros não são elegíveis para receber assistência social, o seikatsu hogo.

 

A Ordem dos Advogados de Aichi recebeu a reclamação no dia 27 de dezembro e, caso julgue necessário, será aberta uma investigação.

 

Segundo reportagem do jornal Mainichi, a mulher de 41 anos veio para o Japão há cerca de 10 anos e tem visto de residente. Ela procurou a prefeitura de Anjo no dia 1º de novembro para solicitar assistência social, pois sua família passava por problemas financeiros. O marido perdeu o emprego devido à crise causada pela pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia.

 

O funcionário municipal que a atendeu teria dito: “Você deveria voltar para o seu país”. Em seguida, ela procurou ajuda de grupos de assistência, mas o governo municipal repetidamente se recusou a aceitar seu pedido.

 

No final de novembro, o pedido foi finalmente aceito, mas o funcionário exigiu que ela usasse o dinheiro para pagar os aluguéis atrasados do apartamento administrado pelo município. 

 

O prefeito de Anjo, Gaku Kamiya, deu uma entrevista coletiva em 27 de dezembro e se desculpou pelo tratamento do caso da mulher, dizendo: “Nossa intenção não foi totalmente comunicada e causou mal-entendidos. Gostaria de oferecer minhas mais profundas desculpas à mulher pela carga emocional que isso causou.” 

 

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