No exterior, os eleitores votam apenas para presidente; maioria dos inscritos para votar são homens (54%)

 

 

Texto: Redação/Record TV Japan
Foto:  ©Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

 

Um total de 76.570 eleitores brasileiros no Japão estão aptos a votar para presidente do Brasil nas próximas eleições em 2 de outubro e, em caso de segundo turno, em 30 de outubro. Isso significa um aumento de 25% em relação ao pleito de 2018. O número representa 35% de todos os brasileiros residentes no Japão.

 

A proporção de eleitores no Japão por gênero em 2022 permaneceu quase a mesma de 2018, com preponderância para os homens. São 54% (41.395) de eleitores do sexo masculino. O eleitorado feminino, que era de 27.175 em 2018, aumentou para 35.175.

 

No total, o Brasil terá 39,21% a mais de brasileiros aptos a votar no exterior nas eleições de outubro.

 

De acordo com dados do cadastro eleitoral, 697 mil eleitores poderão votar para presidente da República e vice, única modalidade de votação para quem está fora do país. Em 2018, o país tinha 500 mil eleitores nessa situação. Os números foram divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

Conforme o TSE, o cadastro aponta ainda que número de eleitores no exterior aumentou 96,81% em relação às eleições de 2014, quando 354.184 eleitores estavam aptos.

 

Entre o total de pessoas aptas para votar fora do país neste ano, 59% são homens. Quanto à escolaridade, 42% (292,7 mil) têm curso superior completo.

 

Em relação à idade, 14,41% (100,4 mil) do eleitorado no exterior tem entre 40 a 44 anos. Em seguida, está a faixa etária entre 35 a 39 anos, que corresponde a 14,01% (97.6 mil).

 

O prazo para pedir para votar no exterior terminou em maio.

 

Mesários

 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou esta semana o perfil das mesárias e dos mesários que foram chamados para auxiliar na realização das Eleições 2022. O primeiro turno está marcado para 2 de outubro e eventual segundo turno ocorre em 30 de outubro.  

 

Ao todo, são 1.775.647 eleitores nomeados, 48% dos quais se alistaram de forma voluntária para o trabalho. Os demais foram convocados de acordo com os critérios legais, dando prioridade para pessoas com ensino superior, professores e serventuários da Justiça Eleitoral, por exemplo.

 

Entre os que trabalharão neste ano, 68% (1.206.090) são mulheres. A maioria tem ensino superior (36,03%) ou médio (32,17%). A grande maioria é, também, solteira (62,74%) e tem de 35 a 39 anos (303.262).

 

Neste ano, o quantitativo é menor do que o das últimas eleições gerais, realizadas em 2018, quando 1.896.732 mesários foram nomeados.

 

Os dados completos podem ser encontrados no Sistema de Estatísticas Eleitorais, portal alimentado pela Justiça Eleitoral.

 

Presidentes

 

A Justiça Eleitoral recebeu pelo menos 28 mil registros de candidaturas para as eleições de outubro. Do total, 10.456 disputam uma das 513 vagas de deputado federal. A região com o maior número de candidatos é a Sudeste com 3.877. Em segundo lugar, aparece o Nordeste, com 2.939, seguido da Região Sul, com 1.478, Norte, com 1.251 e do Centro-Oeste, com 911.

 

Segundo dados do TSE atualizados até a última quarta-feira (24), foram recebidos 12 registros de candidaturas à Presidência e 12 a Vice-Presidência; 223 para governador, 236 para senador, 10.456 para deputado federal, 16.507 para deputado estadual e 592 para deputado distrital.

 

A campanha começou no dia 16 e vai até 1º de outubro, um dia antes do primeiro turno. Pela legislação eleitoral, os candidatos estão autorizados a fazer caminhadas, carreatas com carro de som e a distribuir material de campanha até as 22h.

 

Deputado federal

 

No dia 2 de outubro, um dos votos dados pelos eleitores será para deputado federal. Cada estado elege um número específico de deputados, que é proporcional ao tamanho de sua população. Por exemplo, o estado de São Paulo, com população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 46,6 milhões habitantes, elege 70 deputados. É o estado com maior bancada na Câmara.

 

Já o Acre, com população estimada em 652,7 mil habitantes, elege oito deputados federais.

 

Cabe à Câmara dos Deputados, bem como ao Senado, discutir e votar propostas referentes às áreas econômicas e sociais, como educação, saúde, transporte e habitação, entre outras, e também fiscalizar o emprego, pelos Poderes da União, dos recursos arrecadados com o pagamento de tributos. A Câmara também discute e vota o Orçamento da União e analisa, aprovando ou rejeitando, as medidas provisórias editadas pelo governo federal.

 

Assim, um deputado federal deve propor novas leis e alteração ou a revogação de leis existentes, incluindo a própria Constituição. Tais propostas podem ser discutidas antes, em uma ou mais comissões compostas por deputados, antes de seguir para o plenário ou, quando for o caso, votadas no próprio colegiado. Existem 25 comissões permanentes na Câmara, além de dezenas de comissões temporárias, como comissões parlamentares de inquérito (CPI), que têm poderes de investigação próprios de autoridades judiciais.

 

As comissões permanentes da Câmara abordam temas específicos, como esportes, ciência e tecnologia, educação, meio ambiente e segurança pública. É nas comissões que se estuda a conveniência de uma proposta legislativa, inclusive com debates que contam com a participação da sociedade.

 

Cada comissão tem um presidente e três vice-presidentes, além de um grupo de membros que procuram incluir o maior espectro possível de bancadas partidárias. O mandato dos presidentes e vice-presidentes das comissões tem a duração do ano legislativo. Já a composição de membros é definida pelo líder do partido na Câmara e pode ser trocada durante o ano.

 

Também cabe à Câmara dos Deputados autorizar a abertura de processo contra presidentes da República e ministros de Estado. Nesses casos, um processo é aberto se dois terços da Casa, ou seja, 342 dos 513 deputados existentes, votarem pela abertura do processo. Em seguida, o processo é encaminhado ao Senado, que tem a atribuição de julgá-lo.

 

Número de deputados eleitos por estado:

 

Acre: 8

Amazonas: 8

Amapá: 8

Distrito Federal: 8

Mato Grosso do Sul: 8

Mato Grosso: 8

Rio Grande do Norte: 8

Rondônia: 8

Roraima: 8

Sergipe: 8

Tocantins: 8

Alagoas: 9

Espírito Santo: 10

Piauí: 10

Paraíba: 12

Santa Catarina: 16

Goiás: 17

Pará: 17

Maranhão: 18

Ceará: 22

Pernambuco: 25

Paraná: 30

Rio Grande do Sul: 31

Bahia: 39

Rio de Janeiro: 46

Minas Gerais: 53

São Paulo: 70

*Com informações da Agência Câmara de Notícias

 

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