O aumento rápido de casos fez os hospitais pelo Japão chegarem ao limite da capacidade de atendimento

 

 

Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: AdobeStock

 

 

Durante os últimos dias, com o aumento rápido de casos de infecção pelo coronavírus, o que mais se viu foram ambulâncias circulando pelas cidades japonesas em busca de vagas em hospitais, principalmente na capital e em outras cidades grandes. A pressão sobre as instituições de saúde e trabalhadores da área vem crescendo e, por isso, especialistas pedem ao governo que mude as políticas de combate à covid-19.

 

Uma das sugestões é por medidas de combate à disseminação do vírus que podem ser adotadas em instituições médicas comuns. No momento, poucos hospitais têm permissão para internar pacientes infectados com covid-19.

 

Ainda segundo os especialistas, centros de saúde pública deveriam limitar o rastreamento de pacientes apenas em casos de risco de desenvolver sintomas graves, em vez de todos os casos positivos. Ou seja, instruir as pessoas a permanecer em casa no caso de sintomas leves e moderados.

 

“Em casos favoráveis, eles não diferem muito dos resfriados normais. Mesmo que você não possa fazer o teste, é importante manter a calma e se recuperar em casa”, disse o presidente da Associação Japonesa de Doenças Infecciosas, Hiroshi Yotsuyanagi, em entrevista coletiva.

 

Segundo reportagem da agência de notícias Kyodo, os sintomas graves que indicam a necessidade de ir ao hospital são a incapacidade de beber água, a incapacidade de se movimentar e as dificuldades respiratórias. Para bebês e crianças pequenas, um rosto pálido e birras que não desaparecem, mesmo que sejam acalmados, foram citados como casos que requerem atenção médica. Se a criança pode comer e beber e não tem problemas para respirar, seus sintomas são leves.

 

Yotsuyanagi também indicou sintomas que significavam que uma ambulância deveria ser chamada, incluindo um rosto seriamente pálido e respiração com ombros pesados. 

 

Hiroki Ohashi, vice-presidente da Associação de Primeiros Cuidados do Japão lembrou que houve situações em que pessoas que poderiam seguir direto para clínicas comuns chamaram uma ambulância. Ao fazer isso, pessoas que realmente precisam de atendimento de emergência, acabaram ficando sem a ambulância. “Sobre cuidados de saúde, gostaria que a prática de se recuperar em casa se espalhasse entre mais pessoas que pensam que estar infectadas pelo coronavírus”, pediu.

 

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