O país que tem uma das menores inflações do mundo só viu agora os preços subirem por causa da guerra na Ucrânia

 

Reportagem: Silvia Kikuchi

 

 
Depois de mais de 30 anos lutando para que os preços aumentasse, finalmente o Japão registra uma leve alta.
 
A inflação de fevereiro foi de 0,9%, bem abaixo dos 7,9% dos Estados Unidos, ou 11% do Brasil.
Inflação de mais, todo mundo sabe, prejudica o poder de compra das pessoas, mas por que o país correria atrás deste efeito?
 
Segundo especialistas, sem inflação não existe crescimento para o país, claro, se os preços nunca mudam, a compra pode ser adiada assim como os investimentos e os reajustes salariais, toda a economia desacelera.
 
Agora a situação parece mudar. Conforme avança a guerra na Ucrânia pela Rússia, o preço dos alimentos e combustível que antes eram importados dessas regiões subiram. A falta de materiais para fertilizantes encareceu toda a cadeia de produção nacional.
 
Para o dono de um restaurante de tempura em Tóquio, está difícil segurar os preços para os clientes. “Sentimos a alta pricipalmente no azeite e farinha.”
 
Já este outro empresário diz ter esperança de que o Japão saia do ciclo deflacionário. “O ideal seria que a inflação não viesse de fatores externos como ocorre agora com a crise no leste europeu.”
 
Por enquanto, os japoneses continuam preocupados com o futuro. Sem trabalhadores suficientes e uma população que só encolhe, como diz Satoshi Okubo, “é difícil repassar os preços por que os também estão sem dinheiro.”
 
 

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