Viajantes poderão ficara até 14 dias em instalações designadas pelo governo em vez de fazer a quarentena em casa

 

 

 

Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: ©Gabinete do Primeiro-Ministro do Japão

 

 

 

O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, afirmou que vai manter o controle rígido de fronteiras para quem chega ao país. Além de continuar com a proibição de entrada de novos estrangeiros – com raras exceções “humanitárias –, o líder japonês adiantou que vai passar a exigir quarentena de 14 dias em instalações designadas pelo governo para os que tiveram contato próximo com pacientes infectados pela ômicron, em vez da atual política de fazer a quarentena em casa.

 

Kishida fez os comentários em uma entrevista coletiva que marcava o fim da atual sessão da Dieta, quando foi aprovado um orçamento extra recorde de 36 trilhões de ienes (US$317 bilhões) para financiar as medidas contra a covid-19 e reanimar a economia bastante afetada pela pandemia.

 

De acordo com reportagem da agência de notícias AP, o primeiro-ministro não especificou um cronograma para os controles de fronteira, entre os mais rígidos do mundo. Ele disse que o aumento das infecções por ômicron nos Estados Unidos está causando incerteza em seu desejo de visitar Washington para conversas com o presidente Joe Biden.

 

“Espero encontrar-me pessoalmente com o presidente Biden o mais rápido possível para discutir uma série de questões e aprofundar nosso relacionamento pessoal”, disse Kishida. 

 

Segundo levantamento da NHK, o Japão confirmou cerca de 80 casos de ômicron, que as autoridades dizem ter sido limitados a pessoas que chegam ao país com teste positivo em aeroportos e aqueles que tiveram contato próximo com eles. No entanto, especialistas dizem que a transmissão comunitária é iminente.

 

O Japão teve quase 1,73 milhão de casos de covid-19 e cerca de 18.400 mortes até agora.

 

Em Okinawa, um grupo de cerca de 200 casos no acampamento Hansen do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA levantou temores de uma disseminação de infecções na ilha ao sul do Japão. Os militares norte-americanos não responderam a um pedido de Okinawa para realizar análises genéticas para determinar se são casos de ômicron.

 

Segundo divulgou a imprensa local, vários funcionários japoneses no campo deram positivo para ômicron, e o governador de Okinawa, Denny Tamaki, disse a repórteres na terça-feira que pediu aos militares que proibissem o pessoal de deixar o acampamento Hansen.