País foi duramente criticado pelas companhias aéreas e por outros países por ter adotado uma medida tão dura
Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: Ewerthon Tobace/Record TV Japan
O governo japonês voltou atrás nesta quinta-feira (2) na decisão de suspender completamente as reservas de voos de retorno ao Japão até o final do ano. Empresas aéreas e a comunidade internacional reclamaram da medida e a consideraram rigorosa demais. Japoneses no exterior que haviam planejado retornar ao país ficaram confusos.
O primeiro-ministro Fumio Kishida admitiu que o anúncio do Ministério dos Transportes no dia anterior causou confusão. Ele teria instruído as autoridades a “levarem em conta, adequadamente, os desejos das pessoas de viajar para casa”.
De acordo com a decisão do governo, os cidadãos japoneses e residentes estrangeiros não poderiam retornar para o Japão, a menos que já tivessem reservas.
Após o anúncio oficial, as companhias aéreas voltaram a aceitar pedidos de reserva, que deverão ficar dentro do limite diário de 3.500 pessoas que chegam do exterior. Hirokazu Matsuno, porta-voz do governo, garantiu que não haverá diferença de prioridade entre cidadãos japoneses e residentes estrangeiros.
Matsuno também disse que o governo considera encurtar o período de oito meses entre uma pessoa receber a dose de reforço da vacina contra covid-19 “com base nas mudanças na situação da infecção, nos preparativos pelas autoridades locais e no fornecimento da vacina”.
A variante ômicron tem um grande número de mutações, e os cientistas temem que ela possa ser mais transmissível do que as cepas anteriores do coronavírus ou ser capaz de escapar da imunidade fornecida pelas vacinas.
A Organização Mundial da Saúde o designou como uma “variante de preocupação”, alertando que é provável que se espalhe globalmente e apresenta um risco “muito alto”.