Portador veio do Peru; governo já decretou que vai proibir qualquer pessoa de uma lista de 10 países de entrar no arquipélago

 

 

 

Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: AdobeStock

 

 

 

O Japão confirmou o segundo caso da variante ômicron do coronavírus nesta quarta-feira (1), ao mesmo tempo em que o país anunciava que negaria a entrada a todos os estrangeiros, inclusive residentes, de uma lista de 10 países africanos. O novo infectado é um jovem que chegou ao aeroporto de Narita vindo do Peru no sábado passado (27).

 

De acordo com uma reportagem da agência de notícias Kyodo, a descoberta ocorre um dia depois do Japão confirmar o primeiro caso, um diplomata na casa dos 30 anos vindo da Namíbia. O passageiro vindo do Peru, que atualmente está em quarentena em um centro médico, não manteve contato próximo com o diplomata, segundo uma fonte do governo.

 

Segundo o secretário-chefe do gabinete, Hirokazu Matsuno, o Japão negará a reentrada a todos os estrangeiros, incluindo residentes com visto de longa duração, que estiveram recentemente em Angola, Botswana, Eswatini, Lesoto, Malawi, Moçambique, Namíbia, África do Sul, Zâmbia e Zimbabué.

 

A medida começa a valer amanhã (2) e permanecerá em vigor “por enquanto”, disse Matsuno em entrevista coletiva. O Japão já proibiu a entrada de estrangeiros de todo o mundo que vinham a negócios, estudos ou estágio técnico. 

 

No entanto, Matsuno disse que isenções serão feitas em “circunstâncias especiais” envolvendo cônjuges estrangeiros e filhos de cidadãos japoneses, diplomatas e casos humanitários.

 

Como parte dos controles de fronteira mais rígidos, o Ministério dos Transportes disse que solicitou às companhias aéreas para que parassem de aceitar novas reservas para voos internacionais que chegam ao Japão.

 

Alerta

 

A Organização Mundial da Saúde advertiu as pessoas com alto risco de desenvolver quadro severo da covid-19 a adiar viagens para áreas onde a variante ômicron do coronavírus tem se propagado.

 

A OMS diz que “os estudos para compreender melhor sobre essas mutações e seu impacto na transmissibilidade, virulência, diagnóstico, tratamento e vacinas estão em andamento”.

 

A entidade disse que as pessoas que não estão bem de saúde, ou que ainda não foram totalmente vacinadas ou que não têm prova de uma infecção anterior e correm um maior perigo de desenvolver a doença de forma grave e vir a falecer, devem adiar viagens para áreas com o surto da variante.

 

O órgão acrescentou que isso inclui pessoas com 60 anos ou mais e aquelas com doenças cardíacas, câncer ou diabetes.