Cerca de 100 nações se comprometeram a reduzir as emissões de metano como parte dos esforços para conter o aquecimento global

 

 

 

Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: ©Gabinete do Primeiro-Ministro do Japão

 

 

 

O primeiro-ministro japonês Fumio Kishida fez sua estreia diplomática na Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP26), em Glasgow, na Escócia. Ele se mostrou compromissado com questões de importância global. Mas ainda não deixou muito claro sobre sua política externa, principalmente com relação à segurança nacional e os problemas com os vizinhos.

 

Na coletiva de imprensa, Kishida pareceu estar satisfeito com o resultado de sua primeira viagem ao exterior como primeiro-ministro. Ele disse que fez a “presença” do Japão ser sentida por meio de um discurso que expressou sua determinação de liderar esforços para colocar a Ásia em um caminho para um futuro de emissão zero de carbono.

 

Acordo

 

Cerca de 100 nações se comprometeram a reduzir as emissões de metano como parte dos esforços para conter o aquecimento global, disse o presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, aos líderes mundiais presentes na conferência. 

 

“Uma das coisas mais importantes que podemos fazer nesta década decisiva para manter o alcance de 1,5 grau é reduzir nossas emissões de metano o mais rápido possível”, disse Biden, referindo-se à meta de conter o aquecimento global em 1,5 grau Celsius. “É um dos gases de efeito estufa mais potentes que existe.”

 

Brasil

 

O governo brasileiro manifestou apoio à declaração internacional de líderes mundiais para preservar as florestas e reduzir o desmatamento e a degradação dos solos até 2030. 

 

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, atualmente, quase um quarto (23%) das emissões mundiais de gases de efeito estufa (GEEs) vem da agricultura e da indústria madeireira. Juntos, os mais de 100 países signatários do compromisso histórico, como Rússia, Estados Unidos, China, Austrália e França, concentram mais de 85% das florestas do mundo, uma área superior a 21 milhões de quilômetros quadrados.

 

Parte dos recursos virá de financiamento por 12 países – como Estados Unidos, Reino Unido, Noruega, Alemanha, Coreia do Sul, integrantes da União Europeia, Canadá e Japão –, com cerca de R$ 68 bilhões previstos até 2025. O objetivo é apoiar iniciativas em países em desenvolvimento, incluindo a restauração de terras degradadas, o combate a incêndios florestais e o apoio aos direitos das comunidades indígenas.

 

Já o setor privado – representado na COP26 por CEOs de mais de 30 instituições financeiras – responderá por mais R$ 41 bilhões em financiamentos. Desse total, R$ 17 bilhões devem ir para a iniciativa Finanças Inovadoras para a Amazônia, Cerrado e Chaco (IFACC, na sigla em inglês), visando a promover a produção de soja e gado sem desmatamento na América Latina. Dirigentes dessas instituições também irão se comprometer a não investir mais em atividades ligadas ao desmatamento.