O primeiro-ministro Fumio Kishida busca manter o mandato para cumprir sua política de combate ao covid-19 e tirar o Japão da recessão econômica

 

 

 

Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: AdobeStock

 

 

 

 

Começou hoje (19) no Japão a campanha eleitoral para o pleito de 31 de outubro próximo. Todos os 465 assentos da poderosa Câmara Baixa serão disputados, sendo 289 para membros escolhidos de distritos com assento único e 176 através de um sistema de representação proporcional. O mínimo para se obter a maioria é de 233 assentos.

 

O primeiro-ministro Fumio Kishida busca manter o mandato para cumprir sua política de combate ao covid-19 e tirar o Japão da recessão econômica. Para isso, a coalizão governista tem de garantir a maioria. Enquanto isso, a oposição vê uma oportunidade de ganhar mais espaço.

 

Kishida, que assumiu o cargo em 4 de outubro, prometeu obter crescimento econômico e redistribuir a riqueza para a classe média. Ele disse em várias ocasiões que o problema estava no plano “Abenomics”, criado por Shinzo Abe, que ajudou a elevar os ganhos corporativos e os preços das ações, mas sem conseguir gerar aumentos salariais.

 

Além disto, Kishida prometeu um pacote de estímulo no valor de “dezenas de trilhões de ienes” para lidar com a pandemia no prazo de um ano.

 

“Distribuiremos os frutos do crescimento econômico na forma de salários e renda. Abriremos novos caminhos para o Japão, realizando um ciclo virtuoso de crescimento e distribuição”, disse Kishida em seu primeiro discurso em Fukushima, no nordeste do Japão.

 

Grupos de oposição, incluindo o Partido Democrático Constitucional do Japão, argumentam que o imposto sobre o consumo deveria ser reduzido dos atuais 10% e transferir a carga para pessoas ricas e corporações. 

 

Kishida dissolveu a câmara baixa na quinta-feira passada para a primeira eleição geral em quatro anos. Com apenas 17 dias desde a dissolução até a votação, é a reviravolta mais rápida na era do pós-guerra.

 

O PLD só foi destituído do poder duas vezes desde sua fundação em 1955. Uma delas, a mais recente, foi de 2009 a 2012, quando o Partido Democrata do Japão – e que não existe mais – ficou no poder.