Aumento no número de casos de covid-19 fez governo inserir as três províncias, a partir de domingo, nas medidas mais rígidas para tentar conter as infecções

 

 

Texto: Redação/Record TV Japan
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O aumento no número de casos de covid-19 fez com que o governo japonês inserisse mais três províncias no estado de emergência. Hokkaido, Okayama e Hiroshima ficarão sob restrições mais duras a partir do próximo domingo até o dia 31 de maio. Elas se juntam a outras seis localidades – Tóquio, Osaka, Kyoto, Hyogo, Aichi e Fukuoka – numa tentativa do governo de conter o avanço do coronavírus.

 

“Houve discussões sobre a necessidade de implementar medidas fortes por completo”, disse o secretário-chefe do Gabinete, Katsunobu Kato, em uma entrevista coletiva.

 

Nas prefeituras colocadas sob estado de emergência, os restaurantes estão sendo instruídos a não servir bebidas alcoólicas e a encerrar o expediente mais cedo. A multa por descumprimento pode chegar a 300 mil ienes. As lojas de departamentos e outras grandes instalações comerciais devem fechar temporariamente ou encurtar o horário de funcionamento.

 

“Será difícil melhorar a situação a menos que tomemos as medidas mais fortes possíveis”, disse Satoshi Kamayachi, membro do conselho executivo da Associação Médica do Japão, que faz parte do painel de especialistas que aconselha o governo japonês.

 

O governo também deve expandir o estado de quase emergência, que cobre atualmente oito prefeituras, para três outras – Gunma, Ishikawa e Kumamoto – de domingo a 13 de junho.

 

Vacinação

 

O Japão tem a pior taxa de vacinação entre os membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, tendo administrado pelo menos uma injeção em apenas 3% de sua população de 126 milhões.

 

Taro Kono, o ministro responsável pelas vacinas, culpou o sistema rígido de aprovação de medicamentos pela lentidão na campanha, que conta com apenas uma marca aprovada.

 

“Embora estejamos em um estado de crise, ainda estamos usando as mesmas regras para aprovar vacinas que usamos em tempos normais”, disse Kono em uma entrevista para a emissora de tevê TBS. “Na esteira dessa situação do coronavírus, o governo precisa mudar”, opinou.

 

De acordo com uma reportagem da Reuters, o governo pretende inocular a maior parte das 36 milhões de pessoas com mais de 65 anos até o final de julho. Para atingir essa meta de vacinação, o governo espera aplicar cerca de 1 milhão de vacinas por dia, cerca de três vezes mais rápido do que o ritmo atual.

 

Desde o início da crise, o governo disse que não pularia as etapas regulatórias para garantir a segurança e eficácia das vacinas. Isso significa que os ensaios e análises clínicos domésticos levam vários meses para serem concluídos. Alguns outros países introduziram aprovações de emergência para distribuir vacinas com mais rapidez.