A prorrogação para 21 de março é a segunda desde que o primeiro-ministro Yoshihide Suga declarou a medida no início de janeiro
Texto: Redação/Record TV Japan
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O governo japonês resolveu estender o estado de emergência em Tóquio, Chiba, Saitama e Kanagawa por mais duas semanas. A prorrogação para 21 de março é a segunda desde que o primeiro-ministro Yoshihide Suga declarou a medida no início de janeiro.
A decisão ocorre no momento em que especialistas em saúde alertam que uma saída prematura pode levar a um ressurgimento de infecções e colocar ainda mais pressão sobre os hospitais em menos de cinco meses até as Olimpíadas de Tóquio.
O governo teve uma reunião de manhã cedo com conselheiros e eles aprovaram a prorrogação, disse a repórteres o ministro da Economia, Yasutoshi Nishimura, responsável pela resposta do governo ao coronavírus.
Suga disse que a medida é “necessária para proteger vidas e meios de subsistência”. Sob o estado de emergência, os moradores devem evitar sair de casa desnecessariamente enquanto restaurantes, karaokês e bares devem fechar às 20h. As empresas são incentivadas a adotar o trabalho remoto e a participação em grandes eventos, como shows e jogos esportivos, é limitada a 5.000.
Especialistas em saúde se dizem preocupados com a pressão contínua sobre os hospitais. Toshio Nakagawa, chefe da Associação Médica do Japão, alertou que se os casos não diminuírem, o início da vacinação pode ser prejudicado.
Na quarta-feira desta semana, a taxa de ocupação de leitos para pacientes covid-19 era de 47% em Chiba, 42% em Saitama, 31% em Tóquio e 29% em Kanagawa, de acordo com dados do governo.
Suga declarou estado de emergência de um mês para a área metropolitana de Tóquio em 7 de janeiro. Depois, expandiu a medida para um total de 11 prefeituras, incluindo Osaka e Aichi.
A data de término foi adiada, mas, em seguida, antecipada novamente para as demais prefeituras em meio a um declínio nas infecções e à medida que os hospitais se tornaram menos pressionados.
Em todo o país, o Japão registrou cerca de 433.000 casos e 8.050 mortes por complicações causadas pela covid-19.