Governadores de Osaka, Quioto, Hyogo e Aichi vão pedir ao governo central para que estenda a medida para suas províncias por causa do aumento de infecções

 

Texto: Redação/Record TV Japan
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Os governadores de Osaka, Quioto, Hyogo e Aichi decidiram solicitar ao governo central do Japão para que suas províncias entrem no estado de emergência, em razão do aumento de infecções por Sars-Cov-2. A medida começou a valer nesta sexta-feira, por um período inicial de um mês, em Tóquio, Saitama, Chiba e Kanagawa.

 

“Se não pedirmos (ao governo central) para aumentar as medidas contra a infecção, o sistema médico entrará em colapso”, disse o governador de Osaka, Hirofumi Yoshimura, em coletiva de imprensa. O pedido será feito amanhã, dia 9, durante uma reunião virtual com o ministro Yasutoshi Nishimura, responsável pela pasta que cuida do tema coronavírus.

 

Os casos vêm aumentando nas últimas semanas em todo o país. A capital japonesa registrou 2.392 novos casos nesta sexta-feira, o segundo maior total depois de 2.447 casos registrados na quinta-feira.

 

Apesar das medidas tomadas pelo governo, especialistas estão céticos quanto à eficácia. Muitos infectologistas já declararam que as contaminações começaram a sair do controle. O chefe do painel que orienta o governo na questão, Shigeru Omi, disse que a abrangência do estado de emergência poderá ser ampliada se as infecções continuarem a crescer.

 

Segundo reportagem da NHK, Omi disse que é impossível colocar o vírus sob controle em todo o país, a menos que as infecções sejam contidas primeiramente na área da Grande Tóquio. Acrescentou acreditar que medidas intensivas sejam necessárias para a região neste momento, uma vez que o sistema médico se encontra sob pressão e mais e mais pessoas infectadas estão esperando ser hospitalizadas.

 

O objetivo do governo é reduzir, nas províncias que fazem parte do estado de emergência, em 70% o número de pessoas circulando pelas ruas. “A menos que restrinjam o fluxo de pessoas comendo e bebendo (juntos), não seremos capazes de conter infecções”, disse o ministro Nishimura a três grandes lobbies empresariais – a Federação de Negócios do Japão, a Câmara de Comércio e Indústria do Japão e a Associação do Japão de executivos corporativos.

 

O primeiro-ministro Yoshihide Suga pediu para as pessoas colaborarem. “Gostaria de superar a difícil situação de qualquer maneira”, comentou ele, durante coletiva de imprensa.