Além de clínicas e hospitais, a imunização também será oferecida em postos de saúde, ginásios esportivos, centros culturais e comerciais
Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: AdobeStock
O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão anunciou hoje (10) um plano de vacinação contra a Sars-Cov-2, aprovado por um painel de especialistas. O país espera começar antes de março a imunização em massa da população seguindo um sistema de reserva antecipada.
As autoridades já pediram a compra de 10.500 para armazenar o medicamento, permitindo assim que sejam distribuídas em todo o país.
Além de clínicas e hospitais, a vacinação também será oferecida em postos de saúde, ginásios esportivos, centros culturais e comerciais. Os municípios serão os responsáveis por organizar a agenda de imunização e controlar a lista de reserva.
O grande problema das vacinas desenvolvidas até agora é o seu armazenamento. Os medicamentos precisam estar a uma temperatura muito baixa. O remédio desenvolvido pela farmacêutica norte-americana Pfizer Inc. em parceria com a BioNTech SE tem de ficar em temperatura abaixo dos 70ºC negativos, enquanto a vacina da Moderna Inc. pode ser armazenada em temperatura padrão de -20ºC.
Vacina suficiente
O Japão tem acordos fechados com a Pfizer, a Moderna e a britânica AstraZeneca Plc para receber um número suficiente de doses de vacina que cobre toda a população. Para isso, o governo disponibilizou um orçamento de pouco mais de 670 bilhões de ienes.
O governo discute agora com os municípios a melhor forma de organizar a vacinação, para evitar aglomeração de pessoas.
O Ministério da Saúde estuda também uma forma de controlar o estoque e compartilhar informações sobre locais onde possa haver sobra de imunizantes, evitando assim o desperdício.
Estrangeiros
Para ajudar a divulgar informações importantes aos estrangeiros residentes no país, uma comissão de especialistas propôs ao governo japonês o estabelecimento de um sistema aperfeiçoado de coleta de informações.
O documento foi entregue hoje à ministra da Justiça, Yoko Kamikawa. O texto diz que um número crescente de estrangeiros enfrenta dificuldades para o próprio sustento por perda de emprego ou por ter sido afetado de outros modos pela crise do coronavírus. Pede medidas de cuidado em seu apoio, como a publicação de informações sobre meios disponíveis de auxílio.
A ministra disse que vai usar as propostas como referência, pois surgiram novos problemas com a propagação do coronavírus e medidas relacionadas com estrangeiros vêm se tornando mais e mais importantes.