Especialistas alertam para uma segunda onda de infecção, como o que ocorre nos Estados Unidos e na Europa
Texto: Redação/Record TV Japan
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O total de casos confirmados de coronavírus no Japão passou dos 100 mil nesta quinta-feira (29), segundo dados do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar. O número inclui os 700 casos a bordo do navio de cruzeiro Diamond Princess, que foi colocado em quarentena em Yokohama em fevereiro passado. O número de mortos pela doença ultrapassou os 1.700.
No ranking mundial, o país aparece em 49º lugar em número de casos. Estados Unidos seguem na liderança, com 9.121.800 infectados, seguido da Índia, com 8.041.051 casos, e Brasil com 5.469.755. No mundo todo são quase 45 milhões de casos, dos quais 33 milhões já se recuperaram, e perto de 1,2 milhão de mortos.
No caso japonês, o aumento no número de novas infecções coincide com a retomada da atividade econômica. Houve também casos de moradores de Tóquio que viajaram para outras regiões pelo programa Go To Travel e acabaram infectando moradores locais.
Segundo especialistas que assessoram o governo, com a chegada do frio, o número de casos deve aumentar. Tóquio e Hokkaido, por exemplo, vêm registrando aumento de infectados.
O primeiro-ministro Yoshihide Suga prometeu apoiar os hospitais com o objetivo de adquirir vacinas contra o coronavírus suficientes para toda a população do país até o primeiro semestre de 2021.
Falta de leitos
Segundo reportagem da agência de notícias Kyodo, há um consenso entre médicos de que o sistema de saúde do Japão pode sofrer pressão por causa da temporada de influenza, que está começando.
Os dados mais recentes mostram que Tóquio e outras três províncias se encontram no segundo pior nível — em estágio 3, de uma escala de quatro — em relação à disponibilidade de leitos hospitalares.
Na quarta-feira (28), o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social divulgou a situação em cada uma das 47 províncias japonesas. De acordo com a NHK, o subcomitê governamental que avalia a crise classifica a intensidade das infecções em quatro estágios. No estágio 3, grandes problemas podem surgir no sistema de saúde do país. No estágio 4, são necessários preparativos para uma alta explosiva de infecções pelo vírus.
Tóquio e as províncias de Aomori, Fukushima e Okinawa, Segundo o relatório, já excederam a marca de referência para o estágio 3 em relação à disponibilidade de leitos hospitalares em 20 de outubro.