Hematomas não são os únicos sinais de maus-tratos à crianças. Existem muitas atitudes e sinais nas crianças que caracterizam que estão sofrendo algum tipo de violência. Veja quais:

Agressão física – hematomas e ferimentos constantes; é muito agressivo ou se esquiva quando alguém levanta a mão próximo a ela; usa sempre palavras ásperas e é muito agitada; não consegue se relacionar com outras crianças; não quer olhar nos olhos de um adulto; tem queimaduras; diz que os pais a deixaram para fora de casa no inverno.
Negligência – Sempre está sujo; roupas sujas e que não combinam com a estação do ano; está sempre com fome ou não quer comer; está desnutrido; assalta a geladeira; fica brincando até altas horas da noite.
Pedofilia – diz que tem dor nas partes íntimas; não quer brincar; chora muito; fala de sexualidade que não condiz com a idade.
Pressão psicológica – fala ou já falou em suicídio; diz que não queria ter nascido;  não consegue se concentrar; nunca quer nada; não quer voltar para casa; percebe-se um tratamento diferente dos pais para cada filho; fica a maior parte do tempo abandonado em casa sozinho; sempre parece estar triste ou não tem expressão; o pai faz a criança assistir a mãe sendo agredida por ele; não deixa a criança ir para a escola.

O que fazer?

No Japão, cada prefeitura possui uma divisão de apoio à família e à criança, e existe também o número criado pelo Ministério da Saúde 0570-064-000 que atende todo o País.
Quando desconfiar que uma criança está sofrendo maus-tratos, deve-se ligar e fazer uma denúncia mesmo que não tenha muita certeza. A ligação pode ser anônima e pode salvar uma vida.
Em casos onde desconfie que há muita violência, a polícia pode ser acionada pelo número 110.

Infelizmente, o número de casos denunciados tem aumentado nos últimos anos. Felizmente, órgãos que protegem as crianças da violência vem sendo criados.  Em 1990, 1101 casos foram registrados e em 2012 esse número subiu para 66.701. Desse número, 46% das crianças que foram atendidas estavam sofrendo agressões físicas e 38% negligência dos pais, 50% tinham de 0 a 5 anos, 35% tinham de 6 a 11 anos e quem mais pratica as agressões é a própria mãe.
Estes são números que foram registrados, mas ainda existem muitas crianças que não sabem como pedir ajuda e não tem ninguém a quem recorrer, outras por não conhecerem a existência desse tipo de Órgãos não fazem qualquer tipo de denúncia.