Alana Maldonado e Mariana D’Andrea fazem história; Carol Santiago e Gabriel Araújo também garantiram ouro na natação
Texto: Marcelo Brandão/Agência Brasil
Foto: ©Matsui Mikihito/CPB
Alana Maldonado entrou para a história como a primeira judoca brasileira a conquistar uma medalha de ouro em Jogos Paralímpicos. Neste domingo (29), ela derrotou Ina Kaldan, da Geórgia, na final da categoria até 70kg, e subiu no lugar mais alto do pódio.
“Agradeço a toda a minha família e à comissão técnica, que estiveram sempre do meu lado neste ciclo tão difícil. Sou outra atleta em relação aos Jogos do Rio. No Brasil, estava do lado dos meus amigos e da minha família. Agora, fui campeã na terra do judô. Obrigado a todos que torceram. Esta medalha não é só minha. É de todos”, disse Alana.
Também no judô, Meg Emmerich conquistou a medalha de bronze, derrotando Altantsetseg Nyamaa, da Mongólia.
Halterofilismo
O Brasil também chegou ao ouro inédito no halterofilismo, com Mariana D’Andrea. A paulista de 23 anos e atleta da categoria até 73kg levantou 137 quilos e superou a chinesa Lili Xu, que levantou 134 quilos.
“Esperava muito por este momento. Não tem gratidão maior do que ganhar esta medalha após cinco anos de treinamento. Agradeço a todos pela torcida e pela oração. Quero deixar registrado aqui, que se você tem sonho, corra atrás dos seus objetivos e os conquiste”, disse Mariana.
Bronze no remo
O domingo também teve medalha no remo. Renê Pereira ganhou o bronze no single skiff Masculino PR1. Essa foi apenas o segundo pódio da modalidade para o Brasil em todas as edições dos Jogos.
“É uma sensação indescritível. Me sinto merecedor por todos os esforços que empenhei em prol dessa medalha. Foi difícil, mas eu sabia que com luta e dedicação era possível. Não tenho nem como descrever o que é poder ser um medalhista paralímpico”, disse Renê, em declaração ao Comitê Paralímpico Brasileiro.
Natação
A natação brasileira continua rendendo medalhas de ouro para o Brasil. Carol Santiago e Gabriel Araújo subiram ao lugar mais alto do pódio. Carol venceu a prova dos 50m livre, na classe S13 e, de quebra, bateu o recorde paralímpico, com 26s82.
“Quando terminei a prova, soube que tinha ganhado porque ouvi o pessoal gritando o meu nome. Agradeço a todos pela torcida e pelos brasileiros que têm chorado e dado risadas com a gente”, disse a nadadora.
Já Gabriel venceu os 200m livre da classe S2, com o tempo de 4min06s52. Ele fez uma prova muito forte, chegando com sobras na frente do segundo colocado e garantindo o lugar mais alto no pódio.
“Espero que esse seja o primeiro [ouro] de muitos outros. Era isso que eu queria. Foi para isso que eu vim. Consegui baixar o meu tempo, fiz o novo recorde das Américas. Treinamos forte, estava tudo controlado, eu sabia o que fazer e o resultado veio. Não existe emoção maior”, disse Gabriel.
Essa foi a segunda medalha de Gabriel Geraldo em Tóquio. Ele foi o primeiro medalhista do Brasil nesta edição dos Jogos Paralímpicos de Tóquio ao faturar a prata dos 100m costas, na classe S2.
O Brasil também subiu no pódio com Beatriz Carneiro nos 100 metros peito S14. Beatriz fez o tempo de 1min17s63.