Alunos de escola brasileira fizeram uma apresentação de dança na cerimônia de abertura do revezamento na cidade 

 

 

Texto e foto: Bruna, ao lado do prefeito de Oizumi, Toshiaki Maruyama / Ewerthon Tobace/Record TV Japan

 

 

Visivelmente nervosa e emocionada, Bruna Noguti, de 22 anos, subiu num palco montado em frente à prefeitura de Oizumi (Gunma) na manhã desta terça-feira (30) para participar de um momento histórico: a largada do revezamento da tocha olímpica na cidade. “Foi muito especial”, resumiu a jovem.

 

A mãe, Debora Noguti, também estava ansiosa antes do início da cerimônia. Ao ver a filha descer com a tocha já acesa, não escondeu o orgulho e a emoção. “Ainda mais porque Oizumi é uma cidade que acolhe os estrangeiros e a Bruna pode representar a comunidade brasileira”, disse. A diversidade multicultural de Oizumi também esteve em destaque na apresentação de alunos de uma escola brasileira. Os jovens dançaram uma canção grega.

 

Bruna veio ao Japão quando tinha quatro anos. Viveu desde então na cidade, que tem a maior concentração de brasileiros em relação ao número de moradores. “Acho que me escolheram porque represento várias coisas: tenho sangue brasileiro e japonês, já fui atleta e também morei na região nordeste, que tem um significado importante para esta Olimpíada”, disse.

 

Bruna se emocionou ao carregar a tocha – Foto: ©Ewerthon Tobace/Record TV Japan

 

Tocha

 

O revezamento da tocha olímpica começou no dia 25 de março, na província de Fukushima. Serão no total 121 dias de duração, e a tocha vai passar por todas as 47 províncias do Japão. Serão 859 municípios e envolverá cerca de 10 mil pessoas no transporte da chama olímpica. 

 

A chama que Bruna carregou foi acesa no Templo de Hera, local sagrado da Antiga Olímpia, na Grécia, no dia 12 de março de 2020. Ela foi entregue ao Japão após a etapa grega do revezamento e chegou por aqui no dia 20 de março do ano passado. 

 

A tocha foi criada pelo designer japonês Tokujin Yoshioka, tem 71cm de comprimento e pesa um quilo e duzentos gramas. A parte superior é separada em cinco partes, que parecem pétalas da flor de cerejeira quando vista de cima.

 

O objeto foi confeccionado com cerca de 30% de resíduos de alumínio retirados das habitações temporárias construídas após o Grande Terremoto do Leste do Japão.

 

Alunos brasileiros se apresentaram no palco – Foto: ©Ewerthon Tobace/Record TV Japan