Yoshiro Mori renunciou ao cargo depois de dizer que “as mulheres falam demais”, gerando uma onda de protestos no Japão e no mundo

 

Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: Reprodução/Twitter/Divulgação

 

A ministra das Olimpíadas do Japão, Seiko Hashimoto, pediu renúncia do cargo atual no governo e assume como presidente do comitê organizador de Tóquio 2020. Ela, que já competiu em sete Jogos Olímpicos como ciclista e patinadora, assume o cargo deixado pelo ex-primeiro-ministro Yoshiro Mori, que renunciou após pressão por causa de comentários sexistas.

 

“Eu apresentei minha renúncia como ministra das Olimpíadas ao primeiro-ministro, pois fui escolhida como candidata a chefe do comitê das Olimpíadas de Tóquio”, disse Seiko a repórteres após uma reunião com o primeiro-ministro Yoshihide Suga.

 

Ela comentou ainda que Suga a encorajou e tornar os jogos bem-sucedidos. Seiko não quis comentar mais nada, pois aguarda um anúncio oficial do conselho executivo da Tóquio 2020.

 

Para a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, a nova presidente, por ter sido atleta, vai abordar as operações dos Jogos a partir da visão do competidor também. “Estou convencida de que ela se esforçará para alcançar a ‘Unidade na Diversidade’, uma das visões dos Jogos”, comentou. 

 

Mori renunciou ao cargo de presidente do comitê organizador de Tóquio 2020 na semana passada depois de dizer que as mulheres falam demais.

 

Os jogos estão programados para começar em 23 de julho, apesar das repetidas pesquisas de opinião mostrando que a maioria dos cidadãos se opõe a realizá-los este ano devido à pandemia. 

 

Carreira

 

Hashimoto nasceu pouco dias antes do início da Olimpíada de Tóquio de 1964, e seu primeiro nome se baseia nas palavras japonesas para ‘chama olímpica’. Ela participou de quatro Olimpíadas de Inverno como patinadora de velocidade e de três Olimpíadas de Verão como ciclista.

 

Parlamentar de 56 anos do partido governista japonês, ela atua como ministra da Olimpíada, e ainda faz as vezes de ministra do Empoderamento Feminino, desde 2019.