Fontes próximas ao presidente do comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio disseram que ele iria deixar o cargo

 

Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: ©United Nations/Divulgação

 

Os comentários sexistas do presidente do comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, Yoshiro Mori, ainda ecoam em diversas camadas da sociedade japonesa e mundial, o que o levou, segundos fontes próximas do dirigente, à decisão de pedir a renúncia do cargo. Ele teria dito que não poderia deixar esta controvérsia se arrastar mais.

 

Centenas de voluntários pediram dispensa depois do discurso de Mori e sua saída traz mais dúvidas sobre a viabilidade da realização do evento no Japão.

 

Segundo reportagem da agência de notícias Reuters, que citou fontes do comitê, o substituto de Mori seria o ex-presidente da Associação Japonesa de Futebol e prefeito da vila olímpica, Saburo Kawabuchi, de 84 anos.

 

Para quem não acompanhou o caso, o dirigente que já foi primeiro-ministro do país, disse que “as mulheres falam demais”, depois de um pedido para aumentar o número de dirigentes do sexo feminino no comitê.

 

Em uma entrevista à Nippon TV, ele disse que vai “explicar seus pensamentos” em uma reunião amanhã (12).

Perguntado se deixaria o cargo, ele não respondeu. Apenas pediu desculpas e disse: “não posso deixar que esse problema se prolongue por mais tempo”.

 

Antes, numa entrevista coletiva realizada às pressas para “apagar o incêndio”, Mori reconheceu que o que ele disse foi impróprio e contra o espírito olímpico.

 

Pressionado então se ele realmente achava que as mulheres falavam demais, Mori disse: “Não ouço muito as mulheres ultimamente, então não sei”.