Primeiro-ministro disse que é importante tomar medidas, tais como a de auxílio financeiro, para encorajar o comércio a não servir álcool em meio à pandemia

 

 

 

Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: ©Gabinete do Primeiro-Ministro do Japão/Divulgação

 

 

 

O primeiro-ministro Yoshihide Suga se desculpou nesta quarta-feira (14) pelo polêmico pedido de seu governo para que os atacadistas de bebidas parem de fornecer bebidas alcoólicas a restaurantes e bares que desafiam a proibição de vendas de álcool. A medida havia sido imposta para conter a disseminação do coronavírus. 

 

“O pedido já foi retirado. Gostaria de pedir desculpas por ter causado tanto problema a tantas pessoas”, disse Suga. O pedido gerou uma forte repercussão negativa e obrigou o primeiro-ministro a pedir desculpas formais. 

 

Segundo reportagem da NHK, ao ser questionado se havia sido informado com antecedência sobre os detalhes do plano em questão, o primeiro-ministro afirmou que não havia discutido o assunto. Suga acrescentou que é importante tomar medidas tais como a de auxílio financeiro a bares e restaurantes para encorajá-los a não servir álcool em meio à pandemia.

 

O pedido inicial gerou crítica não apenas entre os atacadistas do setor de bebidas e entre partidos de oposição, mas também entre a própria coalizão governista. A movimentação ocorre após o ministro encarregado da resposta ao coronavírus, Nishimura Yasutoshi, ter abandonado um outro plano esta semana, em que solicitava a instituições financeiras que pedissem o cumprimento de restrições voltadas ao coronavírus por parte de empresas.

 

Sob o estado de emergência que cobre atualmente a capital e Okinawa até 22 de agosto, restaurantes e bares estão proibidos de servir bebidas alcoólicas e devem fechar até as 20h.

 

Alguns restaurantes desafiaram as restrições em meio ao lento pagamento por parte do governo do “valor de ajuda” para as empresas que cumprem as regras.

 

A polêmica explodiu em um momento em que o governo e os membros da Câmara dos Representantes começaram a desconfiar de escândalos com a aproximação das eleições gerais.

 

O mandato dos membros da câmara baixa termina em 21 de outubro e o mandato de Suga como líder do LDP e, portanto, primeiro-ministro, termina em 30 de setembro.