O ex-funcionário tinha 28 anos quando se matou e, segundo o processo, ele teria sido ridicularizado pelo chefe inúmeras vezes, além de ter sido impedido de tirar folgas

 

 

Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: AdobeStock

 

 

 

A montadora japonesa Toyota Motor pediu desculpas à família do engenheiro que se suicidou após sofrer assédio moral do chefe. A empresa, em um comunicado, se comprometeu a reprimir qualquer tipo de abuso e expressou profundo remorso. 

 

“A Toyota promete trabalhar no desenvolvimento de pessoas que, todos e cada um, possam se interessar pelas pessoas ao seu redor, sob nossa posição de que o assédio pelo poder nunca deve ser tolerado”, diz o texto da Toyota.

 

O engenheiro tinha 28 anos e, segundo o processo, ele teria sido ridicularizado pelo chefe inúmeras vezes, além de ter sido impedido de tirar folgas. O suicídio aconteceu em 2017 e foi julgado por um tribunal regional do trabalho. Em 2019 saiu o veredito, que comprovou morte relacionada ao trabalho e garantiu à família direito de indenização. O nome da vítima não foi divulgado.

 

“Acreditamos que o legado de esforços para conter o assédio no poder é uma homenagem à sua morte trágica, que veio cedo demais, aos 28 anos, embora nada seja suficiente”, disse o advogado da família, Yoshihide Tachino, ao lembrar que a Toyota foi responsável pela má administração ao permitir que o assédio continuasse. O valor da indenização que a família receberá também não foi divulgado.

 

A família disse em um comunicado que seu filho não vai voltar, apesar da indenização. “Meu coração ainda dói com o que aconteceu com meu filho amado. E quando penso nele, tudo que quero é tê-lo de volta”, dizia o comunicado.