Todos os que chegam ao Japão são obrigados a se autoisolarem por 14 dias; quem não cumpre a medida pode ter visto cancelado e até ser deportado 

 

 

Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: AdobeStock

 

 

 

Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão em conjunto com uma empresa de serviços médicos contratada pelo governo mostrou que até 300 pessoas todos os dias não são confirmadas em seu local de quarentena ou foram encontradas distantes de onde deveriam estar. 

 

Desde que o Japão fechou suas fronteiras, permite somente a entrada de nacionais ou estrangeiros residentes. Esses viajantes são obrigados a testar negativo para a covid-19 e assinam um documento se comprometendo a se isolar por 14 dias. Desde o final de março passado, as autoridades têm feito ainda exames no momento em que os passageiros chegam aos aeroportos do país. Lembrando que quem não cumpre a promessa pode ter o nome revelado publicamente e, no caso de estrangeiros, a perda do status de residente e até deportação.

 

Todas as medidas são para evitar a entrada de novas variantes que se espalham mais facilmente. Por isso, a importância do autoisolamento por duas semanas. Com o resultado assustador do levantamento, o governo considera contratar empresas de segurança privada para fazer visitas aos locais de quarentena indicados pelas pessoas, caso elas não sejam encontradas por três dias seguidos.

 

Atualmente, uma média de 24 mil pessoas são monitoradas diariamente, pois estão no período de quarentena obrigatória. Desse total, de 200 a 300 pessoas não puderam ser confirmadas, das quais 70% deixaram de relatar o paradeiro às autoridades e 30% estavam longe de onde deveriam ficar.

 

De acordo com uma reportagem publicada pelo jornal Mainichi, muitas pessoas confiam no exame negativo dos testes realizados antes de viajar. Mas já se sabe que é possível não se detectar o vírus durante o período de incubação. Daí a necessidade de se esperar os 14 dias para se ter a certeza de que não está contaminada com o coronavírus.

 

As pessoas que chegam ao Japão são solicitadas a instalar um aplicativo de rastreamento de localização chamado OEL, com mensagens de notificação solicitando informações de localização e estado de saúde enviadas diariamente durante o período de quarentena. Aqueles que não relatam o paradeiro são contatadas individualmente por meio de uma chamada de vídeo do Skype ou outros métodos.