Especialistas alertam que pessoas já infectadas pelo coronavírus devem esperar um mês antes de tomar a vacina

 

 

Texto: Redação/Record TV Japan
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O Japão começou hoje (12) a vacinar idosos com mais de 65 anos contra o coronavírus. O plano do governo é garantir imunizantes para cerca de 36 milhões de pessoas até o final de junho, enquanto especialistas alertam para uma “quarta onda” de infecções no país.

 

Por enquanto, o Japão conta com imunizantes da Pfizer. As entregas das vacinas começaram na semana passada. Foram distribuídas 100 caixas, cada uma com doses suficientes para as duas aplicações para 500 pessoas. A previsão é de até a última semana deste mês todos os 1.741 municípios japoneses tenham recebido ao menos uma caixa de imunizantes.

 

O país lançou o programa de vacinação em meados de fevereiro, começando com cerca de 4,8 milhões de profissionais de saúde. Até sexta-feira passada (9), 1,1 milhão de pessoas havia recebido pelo menos uma dose da vacina, de acordo com dados do Ministério da Saúde, o equivalente a menos de 1% da população japonesa.

 

Na sequência, depois dos idosos, as pessoas com doenças pré-existentes, como diabetes, e as que trabalham em instituições de cuidados para idosos serão vacinadas. Somente após esta etapa, o restante da população entrará na fila para receber o imunizante.

 

Dúvida

 

No momento em que a vacinação contra a covid-19 está sendo realizada no país, uma das dúvidas mais comuns é o que muda no caso de quem já teve a doença quando da aplicação da vacina.

 

Segundo o infectologista Hemerson Luz, quem já teve a covid-19 deve esperar ao menos um mês antes de tomar a vacina contra a doença. Esse intervalo é contado a partir de 14 dias depois do diagnóstico positivo, quando foi convencionado que a pessoa se livra do vírus.

 

Ele explica que ainda não há publicações e estudos demonstrando efeitos, mas que médicos têm adotado esse tempo mínimo para evitar potenciais efeitos adversos.

 

Se a pessoa tiver com a doença aguda, com febre e com sintomas da covid-19, ela não deve se vacinar. Antes disso, deve procurar um médico para receber orientações e ter um diagnóstico se está ou não com a doença.

 

“Se eu tiver com sintomas, tem de procurar o médico para verificar o diagnóstico. Se tiver infectado, tem que aguardar até resolver o quadro e aí depois de 30 dias”, explica o infectologista.

 

Luz lembra que a vacina pode causar efeitos adversos, em geral no local da aplicação, como inchaço, vermelhidão, febre ou indisposição. Mas essas reações não duram mais de 48 horas e podem ser tratadas com remédios como analgésicos e antitérmicos.

 

O infectologista alerta que quem já foi infectado pode contrair a covid-19 novamente, mas o quadro deve ser brando. Ele ressalta a importância da vacinação mesmo para quem já teve a doença. E acrescenta que não é preciso ter receio, pois não há chance de a vacina causar doenças. Mesmo aquelas que utilizam vírus inativados não têm qualquer possibilidade de replicação do vírus no organismo. (com Jonas Valente/Agência Brasil)