Desde a saída de Yoshiro Mori do comando do comitê, a ideia é vender outra imagem do Japão, mais igualitário e menos machista

 

 

Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: ©Tokyo 2020/Divulgação

 

 

Os organizadores dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio prometeram fazer do evento um “marco na igualdade de gênero dentro e fora de campo”. O comunicado foi divulgado no Dia Internacional da Mulher.

 

“Decidimos fazer (os Jogos de Tóquio) serem considerados um ponto de mudança na história quando olharmos para trás daqui a alguns anos”, disse a presidente do comitê organizador, Seiko Hashimoto, em um comunicado assinado em conjunto pelo Comitê Olímpico Internacional, Comitê Paraolímpico Internacional, governo japonês e o Governo Metropolitano de Tóquio.

 

Desde a saída de Yoshiro Mori do comando do comitê, a ideia é vender outra imagem do Japão, mais igualitário e menos machista. No comunicado da organização, o texto destacava que os Jogos de Tóquio serão “os primeiros com equilíbrio de gênero na história”, com 49% dos atletas do sexo feminino.

 

Mori causou perplexidade no mundo com comentários sexistas. Ele disse que “as mulheres falam muito”, entre outras afirmações. Desde então, o comitê buscou rapidamente aumentar a participação de mulheres na diretoria. Hoje, 42% dos dirigentes são mulheres. Até um mês atrás o número não chegava a 20%.

 

“A participação ativa das mulheres levará à criação de uma sociedade próspera, vibrante e sustentável”, disse a ministra das Olimpíadas, Tamayo Marukawa, que assumiu o cargo deixado por Hashimoto.

 

Atletas

 

Outro tema levantado hoje (9) pelo comitê foi a liberação da entrada de atletas antes dos Jogos para a aclimatação. O Japão planeja limitar o número de chegadas diárias em cerca de 2 mil pessoas.

 

O país havia suspendido temporariamente a entrada de atletas estrangeiros para treinar no país antes dos Jogos, uma vez que fechou suas fronteiras para conter um aumento nos casos de COVID-19. Segundo cálculos do comitê, cerca de 70 mil pessoas, incluindo atletas, técnicos, assistentes e representantes da mídia, devem entrar no país antes do início dos jogos.