Cerca de 10 mil a 20 mil trabalhadores da saúde serão os primeiros a receber as doses, vindo em seguida os idosos e as pessoas em geral

 

Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: AdobeStock

 

Começa hoje a campanha de vacinação massiva contra a SARS-CoV-2 no Japão. Os profissionais de saúde da linha de frente serão os primeiros a tomar a primeira dose do imunizante. Na sequência, de acordo com o governo, vem os demais profissionais da saúde, seguidos de idosos com mais de 65 anos. Pessoas com problemas de saúde preexistentes, bem como cuidadores em lares de idosos e outras instalações, serão os próximos. Por fim, a população em geral receberá a primeira dose.

 

As primeiras injeções foram aplicadas em um hospital em Tóquio, mas a vacinação deve se estender para 100 instalações médicas em todo o Japão até a próxima semana.

 

Segundo o ministro Taro Kono, responsável pela preparação e logística da campanha, dependendo do progresso e da disponibilidade de imunizantes, os próximos grupos já começam a receber as primeiras doses. 

 

O Japão demorou para começar a análise dos medicamentos disponíveis no mercado e foi duramente criticado pela opinião pública. O governo pediu à Pfizer que conduzisse testes clínicos com japoneses, apesar das pesquisas positivas anteriores da empresa feitas em seis outras nações. 

 

Kono disse que era necessário atender às preocupações de muitos japoneses sobre a segurança em um país conhecido pela baixa confiança em vacinas. “Acho que é mais importante para o governo japonês mostrar ao povo japonês que fizemos todo o possível para provar a eficácia e segurança da vacina para incentivar o povo japonês a tomá-la”, disse ele. “Portanto, no final do dia, podemos ter começado mais devagar, mas achamos que será mais eficaz.”

 

Do grupo inicial de profissionais de saúde, 20.000 participarão de um estudo para rastrear os efeitos colaterais potencialmente causados ​​pela vacina desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Pfizer Inc. e pela BioNTech SE da Alemanha, e a frequência com que ocorrem.

 

Eles serão solicitados a manter registros diários por sete semanas após tomar a primeira das duas injeções. As injeções serão administradas com três semanas de intervalo.

 

“Espero que muitas pessoas recebam a vacina com uma compreensão precisa dos benefícios e riscos”, disse Kono.

(com informações da NHK, Kyodo e AFP)