Organizadores desmentem rumores de que evento possa ser cancelado por causa da pandemia; abertura continua marcada para o dia 23 de julho
Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: ©Greg Martin/COI/Divulgação
Não existe plano B para os Jogos de Tóquio, disse o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, que reafirmou seu compromisso de realizar o evento poliesportivo neste ano durante uma entrevista concedida à agência de notícias Kyodo News.
No entanto, também na quinta-feira, o jornal britânico The Times publicou um artigo, baseado em fontes governamentais não identificadas, que dizem que os jogos terão de ser cancelados. O diário citou um membro sênior não identificado da coalizão governamental. “Ninguém quer ser o primeiro a dizer isso, mas o consenso é que é muito difícil”, disse a fonte. “Pessoalmente, não acho que isso vá acontecer.”
Em um comunicado divulgado nesta sexta-feira (22), o comitê organizador local não abordou diretamente a história do The Times, mas disse que a Olimpíada estava avançando e tinha o apoio do primeiro-ministro Yoshihide Suga. “Todos os nossos parceiros, incluindo o governo nacional, o Governo Metropolitano de Tóquio, o Comitê Organizador de Tóquio 2020, o COI e o IPC (Comitê Paraolímpico Internacional) estão totalmente focados em hospedar os jogos neste verão”, disse o comunicado. “Esperamos que a vida diária possa voltar ao normal o mais rápido possível e continuaremos a fazer todos os esforços para nos preparar para jogos seguros e protegidos.”
Seis meses
Este sábado (23) marca os seis meses desde a data original de início da Olimpíada, que foi adiada por causa da pandemia global do novo coronavírus (covid-19) e remarcada para começar em 23 de julho deste ano.
Apesar do apoio público minguante e de uma disparada de casos de coronavírus em todo o mundo, os organizadores insistem que os Jogos acontecerão. “Não temos, neste momento, nenhuma razão para acreditar que os Jogos Olímpicos de Tóquio não começarão em 23 de julho no Estádio Olímpico de Tóquio”, disse Bach à Kyodo News. “É por isso que não existe um plano B, e é por isso que estamos totalmente comprometidos a tornar estes Jogos seguros e bem-sucedidos” acrescentou.
Com a Olimpíada de Inverno de 2022 de Pequim no horizonte, e os gastos crescentes diminuindo o apoio público, os organizadores de Tóquio têm repetidas vezes descartado adiar o evento novamente.
Bach sugeriu que mudanças radicais podem ser necessárias para dar início às Olimpíadas de Tóquio, que envolvem 11.000 atletas e dezenas de milhares de técnicos, oficiais, juízes, VIPS, mídia e locutores. Além disto, cerca de 4.400 atletas participarão da Paraolimpíada, que está marcada para começar no dia 24 de agosto.
“Você pode não gostar, mas sacrifícios serão necessários”, disse Bach. “É por isso que estou dizendo, segurança em primeiro lugar, e nenhum tabu na discussão para garantir a segurança.”