Primeiro-ministro pediu pressa a ministros

 

Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: O primeiro-ministro Yoshihide Suga deve anunciar o estado de emergência ainda nesta quinta-feira, dia 7 / Divulgação/©Gabinete do Primeiro-Ministro do Japão

 

O número de infecções diárias pela Sars-Cov-2 passou a barreira dos 5 mil pela primeira vez e totalizou nesta quarta-feira (6) 5.993 casos em todo o país, segundo dados oficiais do Ministério do Trabalho, Saúde e Bem-Estar do Japão. O governo metropolitano de Tóquio confirmou 1.591 novos casos na capital, também o maior número diário até agora.

 

Os últimos resultados, que ultrapassaram o recorde anterior de 4.916 registrado na terça-feira, vieram um dia antes de o primeiro-ministro Yoshihide Suga declarar outro estado de emergência em Tóquio e três províncias vizinhas.

 

A rápida disseminação de infecções não mostra sinais de diminuir em todo o país. Aichi também confirmou um recorde de 364 casos, e o governador Hideaki Omura disse em uma entrevista coletiva que pode pedir ao governo central que coloque a província também em estado de emergência, “se essa tendência continuar por alguns dias”.

 

Osaka foi outra que teve um recorde de casos nesta quarta-feira. Foram 560 infecções, superando o recorde anterior de 490 registrados em novembro. Já Fukuoka confirmou um recorde de 316 casos diários.

 

O esperado anúncio do estado de emergência deve começar nesta semana e durar até o dia 7 de fevereiro. O governo vai pedir para os moradores de Tóquio, Saitama, Chiba e Kanagawa para ficar em casa. As autoridades vão pedir para que restaurantes, bares, karaokês e outros estabelecimentos que servem comida fechem às 20h.

 

No entanto, segundo informações divulgadas pela agência Kyodo, alguns especialistas em saúde alertaram que demorará mais para a terceira onda de infecções ser controlada. Por isso, a comunidade médica enfatizou a necessidade de medidas mais rigorosas.

 

“O governo deveria estudar a possibilidade de expandir a cobertura da declaração planejada para todo o país, dependendo do nível de disseminação do vírus”, sugeriu Toshio Nakagawa, presidente da Associação Médica Japonesa, em coletiva de imprensa.

 

Segundo estudo feito por um painel de especialistas, se as medidas forem mais rígidas e a população cumprir as regras, serão necessários dois meses para que o número de infecções volte a cair para menos de 100 casos diários.

 

Plano

 

O primeiro-ministro Yoshihide Suga se reuniu com o ministro da Revitalização Econômica Nishimura Yasutoshi — também responsável pela resposta do governo diante do coronavírus —, a ministra da saúde Norihisa Tamura e o secretário-chefe de Gabinete Katsunobu e pediu para acelerar os preparativos para o estado de emergência.

 

O governo pretende tomar uma decisão final na quinta-feira, na reunião da força-tarefa contra o vírus, que será realizada após ouvir a opinião de um painel consultivo com a presença de especialistas em doenças infecciosas. O governo também deverá reportar ao Parlamento.

 

Segundo notícia divulgada pela NHK, Suga pretende enviar uma revisão legislativa ao Parlamento para permitir a divulgação de nomes de bares e restaurantes que se recusarem a cumprir os pedidos de encurtar seus horários de funcionamento. O governo considera expandir auxílios financeiros para os estabelecimentos que cumprirem as medidas.

 

Também estão previstas maior promoção do trabalho remoto e imposição de restrições mais rígidas para aglomerações e eventos.

 

O governo já havia declarado emergência em Tóquio e em seis outras prefeituras no início de abril do ano passado para combater a primeira onda de infecções, posteriormente expandindo-a para todo o país antes de suspendê-la no final de maio.

 

Foto: Divulgação/Gabinete do Primeiro-Ministro do Japão

O primeiro-ministro Yoshihide Suga deve anunciar o estado de emergência ainda nesta quinta-feira, dia 7