Residentes estrangeiros vindos de lugares onde a nova variante foi confirmada precisam apresentar resultados negativos do teste de vírus e se submeter a testes na chegada
Texto: Redação/Record TV Japan
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Além dos seis casos de infecção pela nova cepa da Sars-Cov-2 já divulgados pelo governo japonês, outras duas pessoas foram confirmadas portadoras do vírus. Um piloto de avião que viajou recentemente ao Reino Unido e um membro da família dele testaram positivo para uma nova variante e estão internados em Tóquio.
Segundo o que foi divulgado até agora pelas autoridades, a nova cepa do vírus teria um poder de infecção bem maior, mas ainda não se sabe se ela seria mais mortal. Pesquisdores correm para descobrir também se a vacina desenvolvida até agora é eficiente contra a nova variante.
De acordo com a nota publicada pela NHK, o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão analisou amostras coletadas dos dois. Representantes do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social tentam identificar a rota da infecção e outras pessoas que tiveram contato próximo a eles.
Para proteger os cidadãos, o Japão resolveu suspendeu a partir de hoje (28) novas entradas no país de estrangeiros não residentes que chegam da maior parte do mundo até o final de janeiro. Cidadãos japoneses e residentes estrangeiros vindos de países e territórios onde a nova variante foi confirmada precisam apresentar resultados negativos do teste feito 72 horas antes da partida e precisam se submeter a testes na chegada ao país.
A nova cepa de vírus, detectada pela primeira vez no Reino Unido, foi confirmada em mais de 20 países, bem como em Hong Kong.
Desde quinta-feira passada (24), o Japão já havia proibido a entrada de estrangeiros não residentes que estiveram recentemente no Reino Unido e na África do Sul, onde outra nova variante foi detectada.
Poucos leitos
O Japão estava se abrindo lentamente para as viagens internacionais para tentar estimular a abalada economia e também se preparar para os Jogos Olímpicos, adiados para o próximo verão. Mas o país voltou a restringir as fronteiras porque o sistema médico foi significativamente pressionado por um aumento no número de casos de coronavírus.
O Japão confirmou um recorde de 3.881 casos de coronavírus no sábado passado. Segundo um relatório do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social, sete províncias estavam no estágio 4 de alerta em relação ao sistema médico. Este é o nível mais alto e significa que a ocupação de leitos é de 50% ou mais e que há risco de um colapso da rede hospitalar com um aumento explosivo de infecções.
A província de Osaka tem a maior taxa de ocupação, com 63,8%. Hyogo vem em seguida, com 61,9%. Gunma tem 61,8% dos leitos utilizados; Kochi, 59,5%; Aichi, 55,5%; Tóquio, 53,7%; e Hokkaido, 51,1%.