Primeiro-ministro Yoshihide Suga diz que o país está em “alerta máximo” e pediu às pessoas para se protegerem e evitar o aumento de contaminações
Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: Ewerthon Tobace/Record TV Japan
Governo quer rever diretrizes para bares e restaurantes, pois algumas infecções recentes ocorreram durante refeições fora de casa
Dia após dia o Japão vê o número de casos de Covid-19 bater recordes de registro. Nesta quinta-feira (19), somente na capital japonesa foram registrados 534 infectados. No país, 2.179 novas contaminações foram reportadas, o que levou o primeiro-ministro Yoshihide Suga a dizer que o Japão está em “alerta máximo” e a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, elevou o nível de alerta de coronavírus para o estágio 4, seu nível mais alto, pela primeira vez em dois meses.
“Estamos em um estágio em que as infecções se propagam com rapidez. O número de casos vem aumentando, particularmente entre idosos, e precisamos tratar dos riscos que afetam pessoas de idade avançada”, disse Koike, em coletiva de imprensa hoje.
Suga pediu para que as pessoas tomem o máximo de cuidado para prevenir infecções. Como grande parte dos novos casos se deu através de grupos em restaurantes e bares, o primeiro-ministro pediu que Yasutoshi Nishimura, ministro responsável por cuidar do tema, e a ministra da saúde Norihisa Tamura tomassem medidas adicionais para prevenir a propagação do vírus com base nas discussões em um painel de especialistas.
A ideia é rever diretrizes para bares e restaurantes. Nishimura afirmou à NHK que medidas incluem, por exemplo, montar divisórias de forma eficaz e utilizar dispositivos para verificar se há ventilação suficiente ou não em um determinado ambiente por meio da checagem dos níveis de dióxido de carbono no ar. O ministro deu a entender também que o governo fornecerá assistência financeira para negócios, já que novas medidas representam despesas adicionais para restaurantes e clientes.
Especialistas descreveram o ressurgimento do Sars-Cov-2 como uma terceira onda de infecções, dizendo que uma das principais causas é a chegada de temperaturas mais baixas e as pessoas passando mais tempo em ambientes fechados sem ventilação suficiente.
Níveis de alerta
A última vez que o governo metropolitano de Tóquio elevou para 4 o nível de alerta foi em 10 de setembro e significa que as infecções “estão se espalhando”. Mas o sistema apenas reflete a situação de propagação do vírus. Não há restrições de funcionamento das empresas ou de locomoção das pessoas.
No entanto, assim como aconteceu em maio passado, especialistas dizem acreditar que o governo da capital deva declarar o “estado de emergência” novamente, pedindo para que as pessoas evitem sair às ruas e que empresas autorizem os funcionários a trabalhar remotamente.