Segundo fontes do governo, desta vez serão injetados de 10 a 30 trilhões de ienes em medidas de apoio à economia até o final de dezembro

 

Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: Suga em uma reunião do Conselho de Política Econômica e Fiscal, na qual discutiram-se medidas para revitalizar a economia / Divulgação/Governo do Japão/@JPN_PMO

 

Um levantamento feito pelo Ministério do Trabalho do Japão e divulgado esta semana mostrou que 70.242 pessoas em todo o país perderam o emprego ou estão próximos de deixar a vaga. 

 

A grande maioria das demissões foi causada pela pandemia de coronavírus. E, segundo o governo, o número real deve ser bem maior, já que foram incluídos na contagem somente casos reportados a escritórios regionais de trabalho e a agências públicas que auxiliam na busca de emprego.

 

Os dados foram apresentados justamente no momento em que o primeiro-ministro Yoshihide Suga deu sinal verde para sua equipe criar um novo pacote de estímulo para amenizar o golpe causado pela Covid-19. O líder japonês disse que fará de tudo para ajudar a economia a se recuperar. 

 

“Gostaríamos de propor medidas para colocar a economia do Japão de volta em um caminho de recuperação, usando todos os meios disponíveis em tempo hábil”, disse Suga na reunião do conselho do governo, na segunda-feira (9), que reúne empresários e membros do setor privado.

 

O Japão viu sua economia patinar no primeiro semestre de 2020 e registrar a pior contração no segundo trimestre desde a Segunda Guerra Mundial. Já no segundo semestre, com a injeção de dinheiro do governo no setor privado, a economia deu uma leve melhorada. Mas continua frágil. Por isso, Suga pediu hoje (10) para que seu gabinete trabalhe no terceiro orçamento extra do ano.

 

O tamanho do pacote ainda não foi decidido, mas os pedidos dos legisladores do partido governista falam de um valor entre 10 trilhões de ienes (US$ 96,49 bilhões) e 30 trilhões de ienes. Até agora, o governo de Suga já injetou este ano US$ 2,2 trilhões divididos em dois pacotes de estímulo.

 

Desemprego

 

Caso a ajuda chegue até dezembro, como foi prometido, o mercado de trabalho pode dar um respiro de alívio pelos próximos meses, principalmente o setor manufatureiro, que foi o mais afetado e registrou perda de quase 13 mil postos de trabalho este ano. Bares e restaurantes ficaram em segundo lugar, com a demissão de 10.445 funcionários.

 

Segundo o Ministério do Trabalho, muitos trabalhadores foram dispensados ou que não tiveram seus contratos renovados devido a seus empregadores estarem enfrentando dificuldades com a queda de desempenho de seus negócios.

 

Autoridades insistem que as empresas mantenham os funcionários na folha de pagamento por meio dos programas de subsídio do governo japonês. Também oferecem suporte para ajudar quem está desempregado a encontrar um novo trabalho.