Novembro azul é uma campanha mundial para conscientizar a população masculina sobre os riscos da doença, formas de prevenção e de se fazer o diagnóstico

 

Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: AdobeStock

 

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, segundo um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS). No mundo, a doença corresponde a 13,5% de todos os casos. Estimam-se 65.840 casos novos de câncer de próstata para cada ano até 2022. Infelizmente, muitos homens ainda têm preconceito em relação à doença e evitam procurar ajuda médica.

 

O principal fator de risco é a idade – a incidência aumenta significativamente a partir dos 50 anos. Outros fatores de riscos conhecidos são: histórico familiar, fatores genéticos hereditários, tabagismo e excesso de gordura corporal.

 

Para conscientizar a população, principalmente a masculina, sobre os riscos do câncer de próstata, formas de prevenção e as maneiras de diagnosticar a doença, surgiu o movimento mundial Novembro Azul. Durante todos os trinta dias do mês, são realizadas campanhas de esclarecimento sobre a doença. 

 

A ideia surgiu primeiro na Austrália, em 2003. O mês foi escolhido porque é o mesmo em que se comemora o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, celebrado no dia 17 de novembro.

 

Pandemia

 

Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) mostra que 55% dos homens acima de 40 anos deixaram de fazer alguma consulta ou tratamento médico em função da pandemia da covid-19. 

 

Com a pandemia em curso, 57% desse grupo acima dos 40 anos afirmaram ter percebido um impacto negativo na saúde, incluindo 9% que consideravam que a sua saúde estaria pior do que antes. Sobre o impacto do novo coronavírus na vida de uma forma geral, 88% desses homens relataram terem sido afetados, sendo que 37% disseram ter afetado muito.

 

Dos entrevistados, 75% tinham mais de 40 anos, 77% eram do sexo masculino, 2,18% já tiveram um diagnóstico de câncer de próstata e apenas 6% admitiram que, habitualmente, não cuidavam ou não se importavam com a sua saúde.

 

Câncer de próstata no Brasil

 

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 65.840 novos casos de câncer de próstata no Brasil são estimados para cada ano do triênio 2020-2022, com 15.576 mortes relacionadas. Esse valor corresponde a um risco estimado de 62,95 casos novos a cada 100 mil homens.

 

“A pesquisa nos mostra que o diagnóstico precoce de câncer de próstata, essencial para a cura, neste ano poderá ser afetado se não houver uma procura dos homens pelos serviços de saúde. Mesmo com a crise sanitária em curso, a prevenção não pode ser deixada de lado”, disse, em nota, a urologista Karin Anzolch, coordenadora da pesquisa da SBU sobre o impacto da pandemia na saúde.

 

Diante desses dados, a SBU reforça a importância da campanha Novembro Azul, de conscientização sobre a saúde do homem. Foram programadas várias ações online de esclarecimento do público com lives nas redes sociais do Portal da Urologia, contando com a participação de especialistas e convidados. Também entrarão no ar programas semanais de podcasts para a Rádio SBU abordando o tema.

 

As redes sociais, assim como o Portal da Urologia, também terão conteúdos voltados ao público, com objetivo de explicar e trazer informações de qualidade sobre a saúde do homem e, principalmente, o câncer de próstata.

 

Fatores de risco

 

O tumor da próstata não costuma apresentar sintomas em fases iniciais, quando em 90% dos casos pode ser curado se diagnosticado precocemente. Ao apresentar sintomas, significa já estar numa fase mais avançada e pode causar vontade de urinar com frequência e presença de sangue na urina ou no sêmen.

 

Alguns fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de próstata são histórico familiar de câncer de próstata em pai, irmão ou tio e homens da raça negra. A recomendação da SBU é que os homens, a partir de 50 anos, e mesmo sem apresentar sintomas, devem procurar um profissional especializado para avaliação tendo como objetivo o diagnóstico precoce. Os homens que integrarem o grupo de risco (raça negra ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata) devem começar seus exames mais precocemente, a partir dos 45 anos. (com Agência Brasil)

 

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