China voltou a comprar mais em setembro e envio de mercadorias para os Estados Unidos registrou um crescimento de 0,7%

 

Texto: Redação/Record TV Japan
Foto: Morgue File/Divulgação

 

Em setembro passado, as exportações do Japão registraram uma queda de 4,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Apesar de ser o 22º mês consecutivo de declínio, o mais longo período desde o recorde de 23 meses até julho de 1987, houve uma recuperação significativa impulsionada pela crescente demanda da China e crescimento de 0,7% de importação pelos Estados Unidos, o primeiro aumento em 14 meses.

 

Além disto, é a primeira vez que o número sai da casa dos dois dígitos, queda que se seguiu por seis meses seguidos. Em agosto, por exemplo, a redução nas exportações foi de 14, 8%. Segundo especialistas, a pressão sobre a terceira maior economia do mundo deve diminuir cada vez mais a partir de agora. Os estímulos internos, como os programas Go To Travel e Go To Eat, também tiveram uma significativa contribuição.

 

As exportações para a China aumentaram 14% em setembro. A principal economia asiática teve uma demanda maior por metais e máquinas para a fabricação de semicondutores e carros. No geral, o envio de produtos para a Ásia teve uma queda de 2,0%, o ritmo de declínio mais lento desde fevereiro. Já os norte-americanos compraram mais maquinários e veículos japoneses.

 

Para estimular mais a economia, o governo do primeiro-ministro Yoshihide Suga deve lançar em breve um terceiro orçamento extra para o atual ano fiscal, divulgou a agência de notícias Reuters. Os dois orçamentos anteriores ajudaram a financiar US$ 2,2 trilhões em estímulos econômicos, como pagamentos em dinheiro para famílias e empréstimos para pequenas empresas.

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A mídia japonesa também divulgou que Suga quer estimular agora o consumidor que ainda teme uma nova onda de infecção da Sars-Cov-2, coronavírus causador da Covid-19.

 

Melhora regional

 

Recentemente, o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) elevou a perspectiva para oito das nove economias regionais do país, mas ressaltou que a recuperação está avançando lentamente. O banco central disse em seu relatório trimestral, divulgado no começo de outubro, que apenas a ilha de Shikoku ainda não conseguiu retomar uma recuperação após a forte desaceleração registrada no início deste ano.

 

O documento afirma que a economia na região de Tóquio “começou a se recuperar”, mas permanece “em uma situação grave”. Para a maioria das outras economias regionais, o BoJ fez uma avaliação semelhante. Segundo reportagem da Dow Jones Newswires, o presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, disse esperar que a recuperação continue, apoiada pela demanda reprimida e pelas políticas de estímulo econômico do governo. A declaração de Kuroda foi feita em um discurso aos diretores do banco central.